São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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Lojistas enfrentam guardas na região da 25

Confronto após interdição de shopping fechou 2 vias e assustou comerciantes e consumidores; 3 pessoas foram detidas

GCM afirmou que fazia buscas por produtos piratas no Mundo Oriental, mas não apresentou mandado

Mario Angelo/Sigmapress/Folhapress
Confronto ocorrido na rua Barão de Duprat (centro)

TATIANA SANTIAGO
DO "AGORA"

Um confronto entre a GCM (Guarda Civil Metropolitana) e lojistas de um shopping fechou vias e assustou comerciantes e consumidores na região da rua 25 de Março, área tradicional de comércio popular no centro de São Paulo, na manhã de ontem.
Três pessoas foram detidas e, de acordo com testemunhas, uma mulher grávida que passava pelo local teve ferimentos leves. A confusão começou por volta das 8h, quando os guardas-civis interditaram o shopping Mundo Oriental e impediram o acesso dos lojistas. Alegavam que havia venda de produtos piratas em algumas lojas -a gestão Kassab (PSD) tem combatido sistematicamente a pirataria em centros populares.
Como a GCM não apresentou mandado expedido pela Justiça, os lojistas decidiram protestar. Atearam fogo em papelões e pedaços de madeira, o que causou a interdição da rua Barão de Duprat e da avenida Senador Queirós.
"Quando começou a negociação com os lojistas para separar os que trabalham de forma correta e os de maneira irregular, teve início a confusão e a gente dispersou o tumulto", disse o comandante da ação da GCM, inspetor Marcos Ferreira, que foi atingido com um ovo na cabeça.

EXCESSOS
Além de ovos, os manifestantes jogaram pedras nos guardas-civis. "Havia camelôs envolvidos no tumulto", disse o advogado Adalberto Freitas, que defende a administração do shopping.
A GCM lançou então bombas de efeito moral contra os manifestantes -eram cerca de 400. "Assim que abri a porta, estourou uma bomba de gás lacrimogêneo", disse o vendedor Anderson Bezerra, 38, que trabalha na loja em frente ao shopping.
Alguns lojistas disseram ter sido agredidos pelos guardas. O inspetor Ferreira afirmou que a confusão começou porque os guardas foram atingidos por pedras e ovos. Ele negou ter havido excessos na operação, mas disse que a Corregedoria investigará possíveis erros. A prefeitura não se pronunciou sobre a ação. A situação foi normalizada após a chegada da PM.

FOLHA.com

Veja fotos do confronto
folha.com.br/fg3436


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