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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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URBANISMO

Texto propõe, por exemplo, que a rua Gabriel Monteiro da Silva vire área de comércio; audiências poderão mudar projeto

Proposta oficializa corredor na Pacaembu

SIMONE IWASSO
DA REPORTAGEM LOCAL

Se depender da Prefeitura de São Paulo, a rua Gabriel Monteiro da Silva e a avenida Pacaembu serão transformadas em um corredor de serviços e comércio. Nesses locais, classificados como áreas de conflito pelos planos diretores regionais, associações de moradores defendem o fechamento do comércio enquanto comerciantes brigam pela legalização da atividade.
"Sabemos que haverá reclamação em relação a esses corredores, mas a prefeitura está decidida a não perpetuar o conflito. Vamos fazer audiências de conciliação e, se for preciso, arbitrar", afirmou o secretário de Planejamento, Jorge Wilheim. Para ele, a avenida Pacaembu e a Gabriel Monteiro da Silva são exemplos de lugares em que o comércio está consolidado.
"Decidimos adotar os corredores de serviço e comércio nos locais onde a mudança já ocorreu. Em outras ruas, que ainda não mudaram, vamos manter as características residenciais e conter o tráfico de veículos", explicou o arquiteto Ivan Maglio, responsável pela elaboração dos planos e da nova lei de zoneamento.
Como exemplos, cita a rua Maestro Chiafarelli, em Pinheiros, que pela prefeitura continuará uma rua estritamente residencial. Já no trecho final da avenida Rebouças foi criado um corredor de serviços.
A criação dos corredores consta do projeto de lei dos planos diretores regionais das 31 subprefeituras e da nova Lei de Zoneamento e Uso do Solo que será enviada à Câmara Municipal na segunda-feira. Para as ruas polêmicas, em que não houve consenso nas assembléias com a população, coube à prefeitura decidir o tipo de uso que será permitido.
"Polêmica sempre há, mas não podemos enviar os planos sem proposta, com um quadro em branco do lado. Todas as decisões foram tomadas pensando no interesse público", disse o secretário.
Porém, mesmo com as propostas da prefeitura determinadas, durante os próximos meses as subprefeituras realizarão novas audiências de conciliação com as associações de moradores e comerciantes. Caso cheguem a um consenso, a proposta será enviada à Câmara como uma emenda para o plano diretor regional. Se não houver acordo, a Câmara votará a proposta enviada pela prefeitura.
Além das questões de zoneamento, os planos definiram as diretrizes de cada região para os próximos anos, como criação de áreas verdes, urbanização de favelas e melhoramentos viários.


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