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URBANISMO
Texto propõe, por exemplo, que a rua Gabriel Monteiro da Silva vire área de comércio; audiências poderão mudar projeto
Proposta oficializa corredor na Pacaembu
SIMONE IWASSO
DA REPORTAGEM LOCAL
Se depender da Prefeitura de
São Paulo, a rua Gabriel Monteiro
da Silva e a avenida Pacaembu serão transformadas em um corredor de serviços e comércio. Nesses locais, classificados como
áreas de conflito pelos planos diretores regionais, associações de
moradores defendem o fechamento do comércio enquanto comerciantes brigam pela legalização da atividade.
"Sabemos que haverá reclamação em relação a esses corredores,
mas a prefeitura está decidida a
não perpetuar o conflito. Vamos
fazer audiências de conciliação e,
se for preciso, arbitrar", afirmou o
secretário de Planejamento, Jorge
Wilheim. Para ele, a avenida Pacaembu e a Gabriel Monteiro da
Silva são exemplos de lugares em
que o comércio está consolidado.
"Decidimos adotar os corredores de serviço e comércio nos locais onde a mudança já ocorreu.
Em outras ruas, que ainda não
mudaram, vamos manter as características residenciais e conter
o tráfico de veículos", explicou o
arquiteto Ivan Maglio, responsável pela elaboração dos planos e
da nova lei de zoneamento.
Como exemplos, cita a rua
Maestro Chiafarelli, em Pinheiros, que pela prefeitura continuará uma rua estritamente residencial. Já no trecho final da avenida
Rebouças foi criado um corredor
de serviços.
A criação dos corredores consta
do projeto de lei dos planos diretores regionais das 31 subprefeituras e da nova Lei de Zoneamento e
Uso do Solo que será enviada à
Câmara Municipal na segunda-feira. Para as ruas polêmicas, em
que não houve consenso nas assembléias com a população, coube à prefeitura decidir o tipo de
uso que será permitido.
"Polêmica sempre há, mas não
podemos enviar os planos sem
proposta, com um quadro em
branco do lado. Todas as decisões
foram tomadas pensando no interesse público", disse o secretário.
Porém, mesmo com as propostas da prefeitura determinadas,
durante os próximos meses as
subprefeituras realizarão novas
audiências de conciliação com as
associações de moradores e comerciantes. Caso cheguem a um
consenso, a proposta será enviada
à Câmara como uma emenda para o plano diretor regional. Se não
houver acordo, a Câmara votará a
proposta enviada pela prefeitura.
Além das questões de zoneamento, os planos definiram as diretrizes de cada região para os
próximos anos, como criação de
áreas verdes, urbanização de favelas e melhoramentos viários.
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