São Paulo, sábado, 01 de setembro de 2007

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Café é fechado por suspeita de prostituição

DA REPORTAGEM LOCAL

Em ação conjunta com o GOE (Grupo de Operações Especiais), da Polícia Civil, e o Ministério Público, a Subprefeitura do Ipiranga fechou na noite de anteontem o Café Millenium, no Jardim da Glória, no Cambuci, zona sul de SP.
Segundo a prefeitura, há evidências e provas de que no local havia exploração da prostituição. A casa não tinha ainda alvará de funcionamento. Um hotel ao lado, aparentemente usado para programas entre prostitutas e clientes, também foi lacrado por falta de licença. Duas multas de R$ 25 mil foram aplicadas para cada um.
A polícia suspeita ainda que uma pista de kart desativada ao lado da boate era usada como dormitório pelas prostitutas e apura se havia cárcere privado.
Um "manual de garotas" apreendido no local determinava um conjunto de regras a serem cumpridas, como não sair da cidade sem aviso prévio.
A batida flagrou a casa em funcionamento e levou dez clientes, dez mulheres e cinco funcionários à 1ª Delegacia Seccional de polícia, no centro.
"É um desejo da sociedade ver o fim da impunidade e o cumprimento da legislação. A operação mais uma vez se demonstrou eficaz no combate às ilegalidades flagrantemente praticadas", disse o subprefeito do Ipiranga, Alexandre Aniz.
Em setembro de 2005, o Café Millenium havia sido interditado por supostamente violar o Estatuto da Criança e do Adolescente por exibir conteúdo sexual em outdoors.
O Millenium foi lacrado com adesivos por volta das 22h e na madrugada de ontem teve as portas fechadas com blocos de concreto. A Folha não conseguiu localizar o proprietário do clube para comentar a ação.
Em dois meses, a gestão Gilberto Kassab fechou ao menos duas casas de prostituição, por falta de alvará: o Bahamas, próximo ao aeroporto de Congonhas, e o Banzai, nos Jardins.
Duas saunas gays também foram lacradas: a 269, na rua Bela Cintra, e a Alterosas, na Cidade Patriarca. A justificativa era suposta venda de drogas e prostituição de menores. A sauna Alterosas foi reaberta.
O secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, nega que haja uma cruzada contra a prostituição. "A prefeitura não tem condições de fazer esse tipo de operação nem julgamento. Quem determina é o Ministério Público."

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