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Café é fechado por suspeita de prostituição
DA REPORTAGEM LOCAL
Em ação conjunta com o
GOE (Grupo de Operações Especiais), da Polícia Civil, e o Ministério Público, a Subprefeitura do Ipiranga fechou na noite
de anteontem o Café Millenium, no Jardim da Glória, no
Cambuci, zona sul de SP.
Segundo a prefeitura, há evidências e provas de que no local
havia exploração da prostituição. A casa não tinha ainda alvará de funcionamento. Um
hotel ao lado, aparentemente
usado para programas entre
prostitutas e clientes, também
foi lacrado por falta de licença.
Duas multas de R$ 25 mil foram aplicadas para cada um.
A polícia suspeita ainda que
uma pista de kart desativada ao
lado da boate era usada como
dormitório pelas prostitutas e
apura se havia cárcere privado.
Um "manual de garotas"
apreendido no local determinava um conjunto de regras a
serem cumpridas, como não
sair da cidade sem aviso prévio.
A batida flagrou a casa em
funcionamento e levou dez
clientes, dez mulheres e cinco
funcionários à 1ª Delegacia Seccional de polícia, no centro.
"É um desejo da sociedade
ver o fim da impunidade e o
cumprimento da legislação. A
operação mais uma vez se demonstrou eficaz no combate às
ilegalidades flagrantemente
praticadas", disse o subprefeito
do Ipiranga, Alexandre Aniz.
Em setembro de 2005, o Café
Millenium havia sido interditado por supostamente violar o
Estatuto da Criança e do Adolescente por exibir conteúdo
sexual em outdoors.
O Millenium foi lacrado com
adesivos por volta das 22h e na
madrugada de ontem teve as
portas fechadas com blocos de
concreto. A Folha não conseguiu localizar o proprietário do
clube para comentar a ação.
Em dois meses, a gestão Gilberto Kassab fechou ao menos
duas casas de prostituição, por
falta de alvará: o Bahamas, próximo ao aeroporto de Congonhas, e o Banzai, nos Jardins.
Duas saunas gays também
foram lacradas: a 269, na rua
Bela Cintra, e a Alterosas, na
Cidade Patriarca. A justificativa era suposta venda de drogas
e prostituição de menores. A
sauna Alterosas foi reaberta.
O secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, nega
que haja uma cruzada contra a
prostituição. "A prefeitura não
tem condições de fazer esse tipo de operação nem julgamento. Quem determina é o Ministério Público."
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