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Perícia aponta alga da represa em sapato de ex de Mércia
Segundo laudo da perícia, material é compatível com o presente no local onde advogada foi achada morta
CAROLINA LEAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Foi entregue ontem à Polícia Civil paulista e ao Ministério Público o laudo pericial
sobre a morte da advogada
Mércia Nakashima.
A principal evidência
apresentada no documento é
uma alga encontrada num
sapato de Mizael Bispo de
Souza, ex-namorado da jovem, que é compatível com
algas da represa de Nazaré
Paulista (64 km de São Paulo), onde o corpo dela foi encontrado, em 10 de junho.
De acordo com o perito Renato Pattoli, do Instituto de
Criminalística, essa nova evidência dá certeza de que o sapato foi usado por alguém
que colocou o pé na água da
represa, mas ainda assim
não é possível confirmar se
ele foi usado por Mizael.
Ao todo, dois pares de sapatos foram apreendidos na
casa do ex-namorado de Mércia, que é apontado como o
principal suspeito do crime.
Os sapatos estavam limpos -podem ter sido lavados. Mesmo assim, o exame
microscópico achou a alga.
Pattoli diz que um especialista em botânica da USP
analisou a alga e destacou
que ela pode ser encontrada
em outras represas de São
Paulo, mas não seria comum.
Também foram encontrados na sola do sapato resíduos de chumbo compatíveis
com a bala que feriu Mércia,
uma mancha de sangue e um
pedaço de osso. A perícia não
conseguiu fazer um exame
de DNA para determinar se o
sangue era humano ou se o
osso era da advogada.
Segundo o laudo, Mércia
foi atingida por disparos dentro do carro, que foi empurrado para dentro da represa,
onde ela morreu afogada.
O autor do crime estaria no
banco do passageiro, e a advogada, no do motorista.
Um laudo complementar
deve ser entregue à parte, para determinar as razões que
fizeram a capota do carro
afundar tão rapidamente.
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