São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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Passageira narra problema em outro vôo da Gol

REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A gerente de novos negócios Miriam Matos, 35, afirma ter passado por um grande "susto" quando estava em um vôo da Gol, no último dia 12 de setembro. "Foi um desespero, parecia que estávamos em queda livre", disse a gerente.
Miriam voltava de Porto Alegre para São Paulo quando o avião, também um Boeing, passou por uma zona de turbulência. Na seqüência, a gerente conta que a aeronave teve uma queda brusca e perdeu altitude rapidamente.
De acordo com Miriam, os comissários suspenderam o serviço de bordo, e houve momentos de desespero entre os passageiros. "Os copos começaram a cair, derrubando as bebidas. As pessoas gritavam, e minha irmã, que estava comigo, desmaiou. Foi horrível", recorda.

Sem explicações
A gerente disse que ninguém da tripulação explicou o que aconteceu durante o vôo.
"Nem em terra, já no aeroporto, nos deram uma satisfação", afirmou.
Em São Paulo, após consultar alguns amigos, Miriam descobriu que o piloto foi obrigado a fazer a manobra para evitar uma colisão com uma outra aeronave que voava na direção contrária e na mesma altura.
A aproximação dos aviões foi detectada pelo radar da aeronave da Gol. A empresa aérea nega a informação.
Segundo a gerente, a informação partiu de uma funcionária da Gol que estava no vôo, mas prefere não se identificar por temer represálias.
Logo após o incidente, Miriam conseguiu uma resposta oficial da companhia por meio da imprensa, que foi acionada pela gerente. "Um comandante da Gol me ligou e disse que era impossível a colisão entre dois aviões no ar", recorda a gerente.
Ela afirmou ter ficado apreensiva depois de saber do acidente com o vôo 1907. "Poderia ter sido comigo", disse.
Em entrevista coletiva ontem à tarde, o vice-presidente técnico da Gol, David Barinoni Neto, descartou a possibilidade de colisão e disse que o episódio relatado por Miriam foi causado por uma turbulência.


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