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SP vai anular multa de radares fixos dos últimos dois dias
Desrespeito ao rodízio e excesso de velocidade não serão validados porque contrato para operar aparelhos expirou
Prefeitura de São Paulo diz que hoje ao menos dez equipamentos voltam a funcionar; no total, serão 123 radares até o fim do ano
RICARDO SANGIOVANNI
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão Gilberto Kassab
(DEM) decidiu não validar as
multas por desrespeito ao rodízio e excesso de velocidade registradas pelos 40 radares fixos
da cidade nos últimos dois dias.
A decisão foi tomada porque,
desde segunda-feira, nenhum
radar estava autorizado a funcionar na capital, já que o contrato com a antiga fornecedora
expirou no domingo e, até ontem, a nova contratada não havia substituído os aparelhos.
Hoje, segundo a prefeitura, a
cidade contará com apenas dez
dos novos aparelhos fixos, que
começaram a ser instalados ontem pela empresa Splice, substituta da Engebrás, que prestava o serviço desde 2002.
A Secretaria dos Transportes
prevê que outros dez radares
comecem a funcionar no final
do dia -e mais 20 amanhã. Até
janeiro, segundo a pasta, serão
instalados 123.
A secretaria afirmou que a
nova contratada está "cumprindo o cronograma" e que,
por isso, não será punida.
A antiga fornecedora, que
perdeu o contrato após concorrer na licitação concluída em
julho, não aceitou manter o serviço em funcionamento até que
o novo sistema ficasse pronto.
A Engebrás acusa a prefeitura
de ter favorecido a Splice na licitação e irá entrar na Justiça
para anular a concorrência.
Segundo o secretário Alexandre de Moraes, "isso só irá servir para confirmar a lisura da licitação". Ele afirma que a Engebrás já havia tentado anular a
concorrência anteriormente
-inclusive na Justiça- e que
os pedidos já foram negados.
O contrato com a Splice vai
custar à prefeitura cerca de
R$ 882 mil por mês para a operação de 123 radares. A proposta da Engebrás sairia por aproximadamente R$ 1,6 milhão.
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