São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

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MIGUEL BARRETTO MATTAR (1957-2010)

O agente da PF e seus cavalos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A casa dos pais de Miguel Barretto Mattar, em Jundiaí, no interior de São Paulo, era espaçosa. Apaixonado por animais, ele até tentou convencer a mãe, dona Zélia, a deixá-lo criar alguns cavalos no quintal. Não deu. O máximo que ela permitiu foi que o rapaz tivesse cachorros ali.
Anos depois, quando comprou uma chácara em Campo Limpo Paulista, município próximo a Jundiaí, Miguel pôde finalmente realizar seu sonho. Além dos cachorros, tinha oito cavalos, conta a mulher, a advogada Luciana.
Em 2000, ele também realizou outro desejo: comprar uma moto Harley-Davidson, pela qual era fascinado -possuía camisetas e bonés da marca. Em São Paulo, sempre participava dos encontros de motociclistas.
Segundo a mãe, a vontade de Miguel, quando jovem, era ser aviador. Como ela considerava a profissão muito arriscada, não o incentivou a segui-la. Em Jundiaí, o rapaz foi estudar direito.
O curso, porém, foi interrompido no quarto ano porque ele decidiu tentar outra carreira. Em Brasília, prestou concurso e acabou aprovado para a Polícia Federal.
Sobrinho de um delegado, ele se tornou agente especial da PF e veio trabalhar em São Paulo. Adorava o trabalho que tinha, conta a família.
Como gostava da vida no campo, escolheu há dez anos morar na chácara no interior.
Há cerca de três anos, descobriu ter um câncer de fígado. Na sexta-feira, morreu aos 53 anos, em decorrência da doença. Deixa um filho, Cássio, e um neto, Otávio.
A missa de sétimo dia será hoje, às 18h30, na igreja Dom Bosco, em São Paulo.

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