São Paulo, sábado, 01 de outubro de 2011

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Flotação foi 'experiência fantástica', diz Tripoli

Ex-secretário defende sistema no Pinheiros

RICARDO GALLO

DE SÃO PAULO

A tentativa de tratar a água do rio Pinheiros pelo método da flotação não foi dinheiro jogado fora, disse Ricardo Tripoli, secretário de Estado do Meio Ambiente em 2001, quando o projeto foi lançado.
Ontem, a Folha revelou que o Estado desistiu do projeto e buscará alternativas. Em dez anos, foram gastos R$ 160 milhões, divididos entre governo paulista e Petrobras.
"Não se queimou dinheiro público", diz o deputado federal Tripoli (PSDB). A verba da Petrobras veio de passivos ambientais e a do Estado, de venda de energia extra, diz.
Ele afirma que, se estivesse no governo, manteria o projeto -uma "experiência fantástica". "Se houvesse flotação, a água ficaria pelo menos 50% mais limpa." O governo do Estado descartou a flotação porque ela não barrava a poluição.
Tripoli diz que, quando era secretário, os testes deram certo, mas o projeto foi prejudicado por ação do PT na Justiça. A projeto parou em 2003, antes de a flotação ser iniciada, e só foi retomado em 2007, após acordo judicial.
A liderança do PT na Assembleia pedirá ao Ministério Público que apure possível desperdício de dinheiro. A Promotoria avalia o caso.
A Sabesp divulgou que investirá R$ 650 milhões na limpeza do Pinheiros até 2015. R$ 13 milhões já foram usados neste ano. A meta é ampliar de 83% para 90% a coleta do esgoto e de 73% para 88% o tratamento da água.
A Folha procurou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas foi informada de que ele estava em viagem.


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