São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009

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Ele não fez nada, diz Sônia, hoje com 64 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua simples casa, em Itaquaquecetuba, Sônia Brasil, hoje com 64 anos, diz se lembrar vagamente do episódio que mudou a vida do ex-guarda Mauro Henrique Queiroz. "Foi tudo minha avó. Com certeza, ela deve estar no inferno. Ela era muito ruim."
Diz lembrar, com certeza, que nunca assinou o depoimento contra o policial.
E essa assinatura? "Eu tinha acabado de entrar na escola naquele ano, nem sabia escrever ainda. Olha esse "B". Eu não faço pequeno assim. Cadê o chapeuzinho de Sônia? Eu não ando sem chapeuzinho", disse.
A agora aposentada -quatro filhos, oito netos e dois bisnetos-, Sônia disse que viu Mauro ser levado para o quartel a tapas e socos. "Ele não fez nada. Se encostou em mim algo, foi a blusa dele."
Ela se lembra da cena: "O guarda gritava para não fazerem aquilo porque tinha um filho recém-nascido".


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