VALÉRIA DE OLIVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI do Narcotráfico adiou a votação do relatório final da comissão para hoje pela manhã. Ontem à tarde, os deputados estavam fazendo os últimos acertos no documento.
O relatório final aponta que provas documentais mostrariam que o deputado Augusto Farias (PPB-AL), irmão de Paulo César Farias, tem movimentação bancária superior a sua renda.
O documento também aponta que o deputado teria propriedades em nome de pessoas ligadas ao narcotráfico. A comissão indiciou Farias por esses motivos e também porque um outro irmão dele, José Rogério Farias, tem uma fazenda no Maranhão que seria usada por quadrilhas de roubo de cargas.
A Folha procurou o deputado ontem à tarde, mas ele não foi encontrado. Para a CPI, Farias negou todas as acusações.
Além de Farias, serão indiciados pela CPI os deputados estaduais de Alagoas João Beltrão Siqueira, Cícero Ferro, José Francisco Cerqueira Tenório, Antônio Ribeiro de Albuquerque, Júnior Leão e Celso Luiz.
O número de indiciados no relatório aumentou de 200 para 500. Também foram indiciados o deputado José Aleksandro (PSL-AC) e parlamentares estaduais -dois do Espírito Santo, sete de Alagoas, três do Amapá, dois do Maranhão e um de Pernambuco.
O relator Moroni Torgan (PFL-CE) disse que a elevação do número de indiciados ocorreu por causa da decisão da CPI de incluir os apontados por CPIs estaduais para "reforçar" a medida.


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