MARIANA VIVEIROS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para conseguir, em 30 anos, recuperar cerca de 290 mil quilômetros quadrados da mata atlântica brasileira e atingir o patamar de 30% da área original da floresta preservada, serão necessários cerca de R$ 24 milhões anuais.
Conseguir fontes de financiamento para tais recursos e distribuí-los de forma mais equilibrada entre os 17 Estados que ainda têm remanescentes da vegetação são alguns do desafios que acompanham a conclusão, tirada a partir da pesquisa "Quem Faz o Que pela Mata Atlântica". Os resultados foram discutidos de quarta a ontem. O estudo mostrou que, nos anos 90, foram aplicados cerca de R$ 320 milhões, mas apenas 18,2% (R$ 58,2 milhões) foram investidos em revegetação de regiões degradadas. O valor anual, quase R$ 6 milhões, é um quarto do necessário. "É pouco do ponto de vista do nível de desmatamento", diz João Paulo Capobianco, do Programa Mata Atlântica do ISA (Instituto Socioambiental). A mata atlântica foi reduzida a 7% de sua área original.
Ontem, ISA e Fundação SOS Mata Atlântica reuniram-se às ONGs do Coletivo das Entidades Ambientalistas do Conselho Estadual do Meio Ambiente para o lançamento da campanha "SOS Sema -Ajude a Salvar a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo". Os ambientalistas pedem a saída do secretário Ricardo Tripoli e o acusam de tomar decisões baseadas em fatores políticos, em vez de técnicos. Por meio de sua assessoria, Tripoli afirma que não tem mais o que dizer em relação às acusações porque já respondeu a todas elas.


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