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"Atirei para salvar minha vida e a dos outros"
Rogerio Cassimiro/Folha Imagem
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Alberto de Araujo, policial que deu voz de prisão aos assaltantes |
DA REPORTAGEM LOCAL
O soldado da PM Alberto de
Araújo, 24, afirmou ontem, no
1º DP (Sé), que atirou contra o
suspeito Douglas Vilas Boas,
37, dentro da estação Sé do metrô, "para salvar a sua vida e
também a dos outros que estavam na plataforma". Na quarta,
ele completou seu segundo ano
como soldado da PM.
Ao atirar ontem em Vilas
Boas, logo depois de ele surgir
pelo túnel da estação Sé, o PM
Araújo usou a mão direita para
empunhar o revólver 38 da corporação. O pulso direito do policial o afastou do trabalho, há
alguns meses, quando ele caiu
de moto. O policial precisou ser
operado e fazer sessões de fisioterapia num batalhão do Corpo
de Bombeiros.
"Eu vi quando ele [Vilas
Boas] apareceu no túnel e atravessou a linha do trem na minha direção. Nós ficamos a um
metro de distância um do outro, e eu pedi que ele se entregasse. Quando ele fez um movimento brusco, atirei mesmo.
Atirei para salvar a minha vida
e também para preservar a dos
outros que estavam na plataforma", afirmou o PM Araújo,
aparentando tranqüilidade e
até sorrindo. "Reagi diante da
injusta agressão", continuou o
soldado, usando expressões comuns entre os PMs.
Ainda na estação Sé, a Folha
questionou ontem um oficial
da PM que acompanhou o
atendimento às vítimas do tiroteio sobre a atitude do PM
Araújo. Ele preferiu não se
identificar. "Eu não sacaria minha arma numa situação como
essa, até porque ele [o soldado]
estava sem a farda da PM e isso
poderia fazer com que os policiais fardados o confundissem
com um dos ladrões e o matassem", disse o oficial.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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