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Em apenas 1 mês, casos de rubéola em São Paulo mais do que dobram
É o maior surto da doença nos últimos cinco anos, que atinge 18 Estados e o DF
THIAGO REIS
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Em apenas um mês, os casos
de rubéola mais que dobraram
na cidade de São Paulo. Já são
520 registros. Eram 255 no final de outubro.
Os dados são do Ministério
da Saúde. A doença também
tem se espalhado pelo país: no
mesmo período, foram 1.324
casos. Ao todo, são 5.502 doentes confirmados em todo o país.
A rubéola agora afeta 18 Estados e o Distrito Federal. São
384 municípios atingidos -um
em cada 14 do país. É o maior
surto dos últimos cinco anos.
Para o infectologista e chefe
da disciplina de clínica médica
da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Paulo Olzon, o aumento de casos na capital paulista é explicado pelo
fato de a cidade ser um grande
centro urbano com migrantes
que não foram imunizados.
"O migrante nordestino ou
do Norte vivia em locais isolados onde doenças como a rubéola não chegavam. Então,
adultos jovens, do sexo masculino, que vêm para São Paulo,
não tiveram a doença natural e
não foram vacinados", diz.
A coordenadora do Centro de
Controle de Doenças da Prefeitura de São Paulo, Sônia Ramos, afirma que o aumento já
era esperado. "A rubéola é uma
doença sazonal. O aumento dos
casos sempre ocorre em outubro e novembro", diz.
Em todo o Brasil, há bloqueios vacinais (já foram aplicadas 6,5 milhões de doses de
vacina), mas a disseminação do
vírus aumenta a cada dia.
Só no Estado de São Paulo já
ocorreram 793 casos, segundo
o último balanço do ministério.
Eram 444 em outubro.
De acordo com o Ministério
da Saúde, a incidência desse
surto é maior entre os homens:
69% dos casos. A faixa etária
mais propícia a contrair rubéola vai de 20 a 29 anos: 53% dos
registros até novembro.
O vírus surgiu no centro da
cidade do Rio em junho de
2006. O município ainda é o
que tem a situação mais crítica.
São 1.146 casos. Só foram adicionados à conta, no entanto,
25 registros nos últimos 30
dias, o que indica um controle.
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