São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2010

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Em enterro, família de vítima de tiroteio diz que processará Estado

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O segurança Rogério da Costa Cavalcante, 34, morto na sexta-feira, foi enterrado ontem numa gaveta próxima do muro que divide o cemitério do Catumbi do morro da Mineira, no centro do Rio.
O morro é dominado pela facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos). No enterro, viam-se homens armados do outro lado do muro.
Cavalcante foi atingido nas costas por uma bala de fuzil no morro do Alemão, onde morava desde criança. Saíra de casa para entregar convites da festa do aniversário de um ano do filho Mateus.
Foi morto por tiro do Comando Vermelho, outra facção criminosa. Estava próximo de soldados e repórteres quando foi atingido -um militar levou um tiro na perna.
A fotografia dele ferido foi publicada na Primeira Página da Folha de sábado.
"Meu irmão perdeu a vida por causa disso aqui [mostra o convite], não é justo. Não fazemos parte dessa guerra", afirmou Naíde Cavalcante.
A família diz que pretende processar o Estado, mas não sabe como agir. "Fiquei sozinha com um filho de apenas um ano para criar. Não sei o que fazer da vida", afirmou a mulher, Aparecida Cristiane Magalhães Cavalcante.


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