São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011

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Alternativa à Rio-Santos, via está quase intransitável

Estrada que liga Paraty a Cunha é apontada como opção em GPS

Só veículos de rali conseguem passar pelo local sem dificuldades; via será pavimentada, afirma DER do Rio

ALENCAR IZIDORO
ENVIADO AO LITORAL PAULISTA

Fortes chuvas, deslizamento de barreiras e interdições do tráfego fazem parte da rotina da Rio-Santos -assim como a procura de motoristas por rotas alternativas.
Mas quem seguir mapas rodoviários e até GPSs para fugir de bloqueios entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) precisa ficar atento para não cair numa armadilha enfrentada diariamente por turistas.
A estrada que liga Paraty a Cunha (a 241 km de SP) tinha um trecho praticamente intransitável às vésperas de começar a temporada de verão.
E deve continuar do mesmo jeito ao longo do ano.
Conhecida como parte da Estrada Real, histórico caminho do ouro a partir do século 18, a via já foi trajeto alternativo não só de aventureiros -mesmo com 9 km de terra.
Era opção até de famílias para ir das praias do sul fluminense e norte paulista até a Dutra, no Vale do Paraíba -evitando parte delicada da Rio-Santos e a travessia da serra pela SP-125 (Oswaldo Cruz) ou pela Tamoios.
De 2009 para cá, a estrada Cunha-Paraty se tornou um trajeto adequado apenas para veículos de rali, por conta de uma chuva que destruiu um pedaço da estrada -e que não foi arrumado até hoje pelo governo fluminense.
A Folha esteve lá dia 14. Com veículo de passeio modelo 2009, ficou atolada e não conseguiu passar pelos buracos gigantes no que ainda resta de pista. Em meia hora, três veículos que se diziam guiados por GPS não conseguiram atravessá-la.
"O GPS é assassino ao mandar essa gente pra cá. Já perdi a conta de tanto carro atolado aqui. Todo dia aparece turista, de Minas, de São Paulo. Até francês e americano já chegaram aqui", conta José Renato Ramos, 50, que trabalha no Sítio Dois Picos, bem no começo do trajeto.
Segundo ele, de vez em quando moradores da vizinhança fazem um mutirão para colocar pedras no trecho de 9 km de curvas no Rio, no entorno do Parque Estadual da Serra da Bocaina.
Mas a melhoria dura pouco tempo, principalmente com chuva, e é limitada.
"Meus amigos disseram que era bem mais curto. E está aqui no caminho do GPS", queixou-se, ao encontrar a reportagem, um homem que só se identificou como Luiz. Ele era passageiro de um caminhão que havia acabado de fazer entrega em Paraty.

OUTRO LADO
A estrada será pavimentada a partir do final do primeiro trimestre de 2011, após o período de chuvas, diz o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Rio, responsável pelo trecho crítico.
Segundo o órgão, os problemas na RJ-165 estão ligados a uma tromba d'água que a atingiu ano passado.


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