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São Paulo, domingo, 02 de fevereiro de 2003

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5% da água vendida é clandestina

DA FOLHA CAMPINAS

A Abinam estima que 5% de toda a água mineral vendida no país seja subtraída do subsolo de forma clandestina.
A exploração de fontes de água mineral sem a autorização do governo federal, por meio do Departamento Nacional de Produção Mineral, explicaria o baixo preço do produto vendido em algumas fontes, principalmente em São Paulo e Pernambuco. Segundo o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, o preço do garrafão de 20 litros chega a ser vendido por R$ 0,40 para revendedores. Para ele, o preço final para o consumidor não muda.
O garrafão de 20 litros corresponde a 60% do mercado de água mineral. Mensalmente, conforme a Abinam, são vendidos 10 milhões de garrafões.
De acordo com ele, a clandestinidade também coloca em risco a qualidade do produto.
"Nem todas as empresas têm o cuidado de higienizar os garrafões e nem mantêm um controle laboratorial para a detecção de coliformes, por exemplo", disse a química responsável pela Mineradora Serra Negra Ltda., detentora da marca Serra Negra Saúde.
Outra preocupação das empresas diz respeito à concentração do mercado de pets -garrafas com até dois litros- nas mãos de empresas transnacionais.
De acordo com Christiano Billi Mantelli, gerente de produtos da Schincariol, "a exploração de água será a ordem do dia daqui duas décadas".


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