São Paulo, quarta-feira, 02 de fevereiro de 2005

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CONSUMO

Diferença foi detectada em pesquisa realizada pelo Procon entre os dias 4 e 7 deste mês em 9 papelarias de São Paulo

Preço de material escolar varia até 311%

ANA SACHS
DO "AGORA"

Pesquisa realizada pela Fundação Procon, órgão vinculado à Secretaria de Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, entre os dias 4 e 7 deste mês constatou uma variação de até 311,11% no preço do material escolar.
O produto em questão é o lápis preto nš 2 redondo da Faber Castell. Na papelaria Universitária (região central) ele é vendido por R$ 0,74, e na Papelivros (região central) sai por R$ 0,18.
Outro item que apresentou grande variação de preços foi o apontador de lápis com depósito plástico da marca Cis. Na papelaria Momotaro (região sul) custa R$ 1,20, sendo que na Artesco (região sul) sai por R$ 0,33, uma diferença de 263,64%.
Foram pesquisados 117 produtos escolares em nove papelarias espalhadas pelas cinco regiões de São Paulo.
De acordo com a pesquisa, a papelaria Japuíba (região norte) foi a campeã de preços baixos. Ela não teve nenhum produto entre os mais caros, e apresentou 29 itens entre os mais baratos.
A papelaria Pontocom (região oeste) foi apontada pela pesquisa do Procon como a mais cara. Dos itens pesquisados, ela apresentou 23 produtos entre os mais caros.
Em 2003, a maior diferença encontrada durante a pesquisa foi de 250%, na borracha branca de látex da marca Faber Castell.

Outro lado
Os proprietários das papelarias contestam o resultado. O dono da papelaria Universitária, André Alexandre Borges, justifica o preço do lápis preto como "um erro de digitação no computador", e afirma que o valor real do lápis é de R$ 0,30.
Sandra Maia Nishi, proprietária da papelaria Momotaro, também afirma que o preço do apontador divulgado pelo Procon está incorreto. O apontador custaria, na verdade, R$ 0,35. "Achei a pesquisa muito confusa. As referências dificilmente estão no produto."
Gustavo Corrêa, proprietário da papelaria Pontocom, afirma que "trabalha com um material diferenciado". Essa seria a justificativa para os altos preços.
A quantidade que se compra de um produto é um fator que pode interferir no preço, afirmam José Eduardo Ribas, dono da papelaria Artesco, Carlos Ribeiro, dono da papelaria Celis, e Mauro Santos, gerente da Agipel.
"Na volta às aulas os preços caem, porque a procura é maior", acrescenta Santos.


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