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CONSUMO
Diferença foi detectada em pesquisa realizada pelo Procon entre os dias 4 e 7 deste mês em 9 papelarias de São Paulo
Preço de material escolar varia até 311%
ANA SACHS
DO "AGORA"
Pesquisa realizada pela Fundação Procon, órgão vinculado à Secretaria de Defesa da Cidadania
do Estado de São Paulo, entre os
dias 4 e 7 deste mês constatou
uma variação de até 311,11% no
preço do material escolar.
O produto em questão é o lápis
preto nš 2 redondo da Faber Castell. Na papelaria Universitária
(região central) ele é vendido por
R$ 0,74, e na Papelivros (região
central) sai por R$ 0,18.
Outro item que apresentou
grande variação de preços foi o
apontador de lápis com depósito
plástico da marca Cis. Na papelaria Momotaro (região sul) custa
R$ 1,20, sendo que na Artesco (região sul) sai por R$ 0,33, uma diferença de 263,64%.
Foram pesquisados 117 produtos escolares em nove papelarias
espalhadas pelas cinco regiões de
São Paulo.
De acordo com a pesquisa, a papelaria Japuíba (região norte) foi a
campeã de preços baixos. Ela não
teve nenhum produto entre os
mais caros, e apresentou 29 itens
entre os mais baratos.
A papelaria Pontocom (região
oeste) foi apontada pela pesquisa
do Procon como a mais cara. Dos
itens pesquisados, ela apresentou
23 produtos entre os mais caros.
Em 2003, a maior diferença encontrada durante a pesquisa foi
de 250%, na borracha branca de
látex da marca Faber Castell.
Outro lado
Os proprietários das papelarias
contestam o resultado. O dono da
papelaria Universitária, André
Alexandre Borges, justifica o preço do lápis preto como "um erro
de digitação no computador", e
afirma que o valor real do lápis é
de R$ 0,30.
Sandra Maia Nishi, proprietária
da papelaria Momotaro, também
afirma que o preço do apontador
divulgado pelo Procon está incorreto. O apontador custaria, na
verdade, R$ 0,35. "Achei a pesquisa muito confusa. As referências
dificilmente estão no produto."
Gustavo Corrêa, proprietário da
papelaria Pontocom, afirma que
"trabalha com um material diferenciado". Essa seria a justificativa para os altos preços.
A quantidade que se compra de
um produto é um fator que pode
interferir no preço, afirmam José
Eduardo Ribas, dono da papelaria
Artesco, Carlos Ribeiro, dono da
papelaria Celis, e Mauro Santos,
gerente da Agipel.
"Na volta às aulas os preços
caem, porque a procura é maior",
acrescenta Santos.
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