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SOB INVESTIGAÇÃO
Jovem que sobreviveu será ouvida hoje
Unicamp aponta que casal e filha podem ter morrido envenenados
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Um laudo da Unicamp apontou
ontem a presença de metais pesados na urina das duas filhas do casal morto no domingo com suspeita de intoxicação em Campinas (95 km de São Paulo).
Uma das filhas, de 17 anos, morreu anteontem. A outra, de 15
anos, continua internada.
A presença dos metais pode reforçar a tese de os quatro terem sido envenenados.Segundo a Secretaria da Saúde de Campinas, o
laudo indica que o metal pode ser
arsênico, bismuto ou antimônio.
"As substâncias são consideradas de alta toxicidade, dependendo da quantidade presente no organismo", disse o médico sanitarista Vicente Pisani Neto, da Secretaria da Saúde de Campinas.
A Polícia Civil não descarta a hipótese de envenenamento, mas
prefere aguardar exames detalhados do Instituto Adolfo Lutz.
A polícia deve tomar hoje o depoimento da garota no hospital.
Ontem, foram ouvidos o médico
que atendeu a família e parentes
do casal. Segundo o delegado
Cláudio Alvarenga, o médico disse que a adolescente tinha quadro
clínico diferenciado dos três ao
chegar ao hospital.
Eles tinham vômito e diarréia,
enquanto ela apresentava somente vômitos. Ela também não tinha
sangramento nos olhos e nas fezes, ao contrário dos demais.
As autoridades de saúde e a polícia investigam ainda a possibilidade de a contaminação ter ocorrido por causa de um bolo de chocolate, feito pela jovem de 15 anos,
ingerido pela família no sábado.
Em outubro, o médico registrou
na polícia o desaparecimento da
filha mais nova, que teria fugido
após descobrir que ele pretendia
interná-la para tratar de bulimia.
A polícia apura ainda informações de familiares de que a garota
tinha um relacionamento com
um rapaz sem a aprovação do pai.
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