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RIO
Foragido de presídio diz que faria "desordem" na cidade
Grampo indica represália à linha dura em Bangu 3, diz secretário
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Uma gravação telefônica feita
com autorização judicial pela
Subsecretaria de Inteligência da
Secretaria Estadual de Segurança
do Rio identificou que a seqüência de ataques à PM no último final de semana foi uma retaliação
ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) que está sendo imposto
a presos do presídio Bangu 3.
A informação é do secretário estadual de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos.
Segundo ele, a polícia gravou uma
conversa de um preso foragido de
Bangu 3 com um traficante que
atua no complexo de favelas da
Maré, ambos da facção criminosa
CV (Comando Vermelho).
Na conversa, eles disseram que,
por causa da rigidez no presídio, o
CV promoveria uma "desordem"
na cidade. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. A polícia não informou por que, mesmo
após as gravações, não impediu as
ações. No último fim de semana,
ocorreram ao menos seis ataques
a policiais no Rio, além de uma
tentativa de seqüestro e uma falsa
blitz. Um PM morreu e três ônibus foram incendiados.
O RDD foi imposto em Bangu 3
em dezembro, logo após uma rebelião que deixou um agente penitenciário morto. Pelo regime, os
presos ficaram sem visita íntima e
sem televisão nas celas.
O secretário de Segurança, Anthony Garotinho, determinou o
reforço da segurança dos PMs que
atuam no patrulhamento das vias
públicas de noite e de madrugada.
Segundo ele, os carros policiais só
poderão circular em duplas.
Na madrugada de ontem, ocorreram dois novos ataques a policiais, mas não houve feridos.
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