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Para advogado, pena de 30 anos é exagerada
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Luiz Gustavo
Battaglin Maciel, que defende o megatraficante Juan
Carlos Ramírez Abadía, afirma que a condenação de seu
cliente a 30 anos de prisão é
"um exagero".
"Essa pena extrapola todos os limites da razoabilidade. O Abadía é réu primário
no Brasil. Não fazem nenhum
sentido esses excessos. Sou
obrigado a rir porque é um
exagero sem sentido", afirma
o advogado Maciel.
Ele disse que vai recorrer
da sentença ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Maciel contou à Folha que
relatou ao traficante, no começo da noite de ontem no
presídio de Campo Grande, a
duração de sua pena. Segundo o advogado, Abadía disse
que a sentença era dura, mas
havia um dado positivo: no
tempo em que ficasse no
Brasil, ele teria direito à visita íntima.
O colombiano sabe que, se
for extraditado para os Estados Unidos, não poderá usufruir desse direito e terá de
colaborar com a Justiça para
que o governo conceda visto
a seus parentes.
Colaborou
O advogado disse ainda
que o seu cliente colaborou
com a Justiça brasileira e entregou dinheiro que escondia em vários imóveis.
"Por essa colaboração, a
pena deveria ser de sete, oito
anos", arrisca. Para ele, a
acusação de corrupção ativa
será descartada porque Abadía nunca deu dinheiro a
agentes públicos ou policiais.
Foram integrantes do grupo
de Abadía que praticaram esses atos, diz.
A condenação da mulher
do traficante também é um
equívoco porque não há provas contra ela, ainda de acordo com o advogado Maciel.
"O Abadía nunca envolveu
suas mulheres nos negócios", disse o advogado.
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