São Paulo, quarta-feira, 02 de abril de 2008

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Para advogado, pena de 30 anos é exagerada

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Luiz Gustavo Battaglin Maciel, que defende o megatraficante Juan Carlos Ramírez Abadía, afirma que a condenação de seu cliente a 30 anos de prisão é "um exagero".
"Essa pena extrapola todos os limites da razoabilidade. O Abadía é réu primário no Brasil. Não fazem nenhum sentido esses excessos. Sou obrigado a rir porque é um exagero sem sentido", afirma o advogado Maciel.
Ele disse que vai recorrer da sentença ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Maciel contou à Folha que relatou ao traficante, no começo da noite de ontem no presídio de Campo Grande, a duração de sua pena. Segundo o advogado, Abadía disse que a sentença era dura, mas havia um dado positivo: no tempo em que ficasse no Brasil, ele teria direito à visita íntima.
O colombiano sabe que, se for extraditado para os Estados Unidos, não poderá usufruir desse direito e terá de colaborar com a Justiça para que o governo conceda visto a seus parentes.

Colaborou
O advogado disse ainda que o seu cliente colaborou com a Justiça brasileira e entregou dinheiro que escondia em vários imóveis.
"Por essa colaboração, a pena deveria ser de sete, oito anos", arrisca. Para ele, a acusação de corrupção ativa será descartada porque Abadía nunca deu dinheiro a agentes públicos ou policiais. Foram integrantes do grupo de Abadía que praticaram esses atos, diz.
A condenação da mulher do traficante também é um equívoco porque não há provas contra ela, ainda de acordo com o advogado Maciel. "O Abadía nunca envolveu suas mulheres nos negócios", disse o advogado.


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