RONALDO SOARES
de Paris

Um programa de reforma da polícia da capital francesa, instituído há um ano, aumentou o número de policiais que trabalham em dupla nas ruas de Paris.
A constatação é do chefe do Departamento de Polícia de Paris, Philippe Massoni, segundo o qual o programa aumentou também a quantidade de patrulhas motorizadas na cidade.
Embora não tenha citado números, Massoni afirmou, durante comemoração do primeiro aniversário do programa, no dia 18, que a reforma tornou "a polícia mais visível e melhorou o serviço prestado à população".

Nova polícia
Elaborado pelo ministro do Interior da França, Jean-Pierre Chevènement, o programa trouxe como principal novidade a criação da chamada PUP (Polícia Urbana de Proximidade).
A PUP faz desde o atendimento ao público -em regime integral, ao contrário das dez horas diárias antes da reforma na segurança de Paris- até o policiamento das ruas. E, além de atender o público no momento da ocorrência, os policiais da PUP têm a obrigação de manter a vítima informada sobre o andamento de seu caso.
Dos 15 mil policiais de Paris, cerca de 12 mil estão lotados na Polícia Urbana das Proximidades.
A partir da reforma, o policiamento individual ficou concentrado em uma nova unidade, a CSP (Companhia de Vigilância e de Proteção).
A unidade, que conta com 1.200 homens, tem como principal tarefa cuidar da vigilância de edifícios públicos, embaixadas e de alguns hospitais.

Pesquisa
De acordo com pesquisa bienal feita pelo Departamento de Polícia, as mudanças ocorridas no último ano foram aprovadas pelos parisienses.
A pesquisa, divulgada na semana passada, apontou que 85% dos entrevistados se sentiam em segurança nas ruas de Paris. Na sondagem anterior, feita em 1998, o índice de satisfação dos parisienses era de 79%.
De acordo com a pesquisa, a segurança passou de terceiro para quarto lugar na lista de preocupações dos parisienses.
Segundo a pesquisa, atualmente, o principal problema, na avaliação dos moradores de Paris, é a poluição atmosférica.


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