DO "AGORA"

Policiais encontraram 22 quilos de cocaína dentro de um carro na pensão de Armelinda de Oliveira, 58, conhecida como dona Bete, em São Paulo. Ela afirma que a droga pertencia a um hóspede.
Os policiais da Delegacia de Atendimento ao Turista chegaram a ela após a prisão no aeroporto de Congonhas de três passageiros vindos do Rio, na terça.
O trio foi detido por estelionato, após comprar passagens com um cartão de crédito clonado. Na bagagem, foi achado um papel com o endereço de uma pensão no Mandaqui (zona norte).
Segundo o delegado Mario Luiz Ayres, os policiais passaram um dia colhendo informações sobre o local. "Descobrimos que a pensão pertencia a uma traficante conhecida como dona Bete", contou.
Com mandado, os policiais entraram na pensão anteontem. Ao ser presa, Oliveira sofreu uma crise de hipertensão e teve de usar cadeira de rodas para depor.
Há suspeita de ligações com o tráfico internacional devido à pureza da droga descoberta.
O delegado disse que o carro está em nome de outra pessoa, mas que o endereço nos documentos é o da pensão. Ele não acredita que o dono seja um hóspede. "Quem mora lá não teria dinheiro para um carro de R$ 15 mil."
Oliveira negou ligação com o tráfico. Disse que há 30 dias alugou a garagem para um hóspede chamado José, que só aparecia nos fins de semana. "Se eu soubesse que havia droga, teria chamado a polícia." Ela disse que o traficante queria se aproveitar da sua ingenuidade. "Ele deve ter visto que eu morava só com minhas crianças e que era uma tontona."


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