São Paulo, domingo, 02 de maio de 2004

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Local não tem luz nem esgoto

FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

"Aqui eu sou iluminada pelas velas". Cleonice Pereira, 50, vive há 20 anos na área reconhecida como quilombo pelo Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
No local não há energia elétrica, abastecimento de água e rede de esgoto. "Quando cheguei aqui, no meio desse canavial, me deu uma tristeza", disse.
Ela se casou com um dos descendentes de Eva Barreto que a levou para morar nas terras. "Ele [o marido] me dizia que herdou a terra dos avós e que nunca deveríamos sair daqui", afirmou.
A casa de três cômodos onde Pereira mora com uma filha de 12 anos foi construída há três anos. Antes, ela vivia em um barraco de madeira, onde criou outros dois filhos, que já estão casados.
"Já tive vontade de sair daqui. Na cidade tem diversão, mas também tem violência. Fico assustada com as notícias."


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