São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2008

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Estudante é achado morto em área de rave

Erick Jhonatan Esiquiel, 20, estava desaparecido desde sábado; seu corpo foi achado na tarde de anteontem com lesões

Festa aconteceu em uma pedreira de Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo; a polícia da cidade está investigando o caso

TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um estudante de direito de Ribeirão Pires (Grande SP) foi encontrado morto na tarde de anteontem em uma pedreira em Pirapora do Bom Jesus (também na Grande SP), onde ele participou de uma festa rave no último sábado.
Erick Jhonatan Esiquiel, 20, que estava desaparecido desde a noite da festa, foi achado em um abismo de 50 metros de profundidade pelos bombeiros. O corpo estava seminu e tinha marcas de agressões.
Freqüentadores da rave afirmaram em uma comunidade no site de relacionamentos Orkut que viram uma pessoa que passava mal, parecida com o jovem, ser levada para fora do evento por seguranças do local.
A reportagem deixou na noite de ontem recados nos celulares de organizadores da festa, mas, até a conclusão desta edição, eles não ligaram de volta.
O estudante saiu na tarde de sábado de Mauá (Grande SP) com mais 11 pessoas em uma van alugada. À família ele disse que iria a um congresso.
Às 16h, o grupo chegou à festa Tribe. Por volta das 23h30, Erick se afastou, dizendo que iria dançar no meio da pista, segundo relatos dos amigos à família. Às 4h de domingo, horário combinado para deixar a festa, ele não havia retornado.
De acordo com o tio do estudante, Marcos de Cantalice, 34, ele foi encontrado sem as calças e o cinto. Havia uma fratura exposta na perna esquerda e uma lesão no olho esquerdo. "Colocaram-no lá. Se ele tivesse caído do penhasco, o corpo estaria em pior estado", disse o tio.
A polícia de Pirapora do Bom Jesus está investigando o caso. Segundo o IML de Osasco, exames foram feitos para avaliar como as lesões encontradas no corpo do rapaz foram produzidas. Será avaliado também se o jovem foi violentado e se usou drogas ou consumiu álcool. O resultado deve sair em 45 dias.
Cerca de 200 pessoas compareceram ao velório do rapaz, ontem à noite, em Mauá. Um dos familiares desmaiou e foi levado a um hospital. O pai do jovem, Almir Dias Esiquiel, 42, pedia Justiça. "Eu perdi um filho amado, mas não a coragem. Vamos lutar para acabar com as agressões aos nossos jovens", disse, emocionado.


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