São Paulo, terça-feira, 02 de junho de 2009

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Com a crise econômica, companhia teve prejuízo de R$ 2,2 bi

DA REPORTAGEM LOCAL

A Air France-KLM, maior grupo de transporte aéreo de passageiros, foi afetada pela crise econômica mundial, assim como outras empresas, e registrou prejuízo líquido de 814 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) no ano fiscal encerrado em março deste ano.
Esse foi o primeiro prejuízo do grupo desde 1996-1997 e a primeira vez, nos últimos dez anos, que os acionistas deixarão de receber dividendos.
Com faturamento de 23,97 bilhões (cerca de R$ 65,9 bilhões) no ano fiscal encerrado em março, a Air France-KLM é conhecida por investir na modernização e também na segurança da frota e equipamentos.
"Muitas companhias tiveram prejuízo com a queda na receita em consequência da redução de viagens de negócios, transporte de cargas e passageiros. Todas as empresas estrangeiras têm feito promoções para ocupar suas aeronaves e têm apostado no mercado brasileiro", afirma André Castellini, consultor da Bain & Company.
A companhia emprega no mundo 107,3 mil funcionários -esse número é 3,6% menor do que em setembro de 2008, quando a empresa tinha em seu quadro 111,3 mil pessoas. Deve ainda enxugar mais 3.000 empregos até o final deste ano, com o congelamento de contratações e um programa de aposentadoria antecipada.
Do Rio de Janeiro e de São Paulo partem por semana 26 voos da Air France para Paris. A companhia tem uma frota de 621 aeronaves e transportou 75 milhões de passageiros para 240 destinos em 2008.
Para driblar os efeitos da crise, a ampliação da frota de aviões para rotas de longa distância foi revista -deveria crescer de 182 para 203 aeronaves até 2012, mas deverá ficar em 189 ao final do período.
"A Air France-KLM é uma companhia rigorosa em relação à segurança. Prejuízo todas as companhias aéreas tiveram. É algo normal no setor", diz Leonel Rossi Jr., diretor da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem).
"O que aconteceu foi uma fatalidade. É uma tragédia que pode acontecer com qualquer companhia", afirma Rossi Jr.
Pierre-Henri Gourgeon, antigo piloto de caças, que se se tornou presidente do grupo em janeiro, diz acreditar que, com a redução de custos (a previsão é economizar 2,6 bilhões em três anos, equivalente a R$ 7,2 bilhões), a empresa espera compensar parte da queda de receita neste ano.
A Air France-KLM e a Gol assinaram em abril um acordo comercial que permitirá que os mais de 6 milhões de participantes do programa Smiles e os 15 milhões de membros do Flying Blue poderão acumular milhas em todos os voos operados por elas. A partir de julho, as milhas poderão ser trocadas por bilhetes.


Com agências internacionais


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