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Com a crise econômica, companhia teve prejuízo de R$ 2,2 bi
DA REPORTAGEM LOCAL
A Air France-KLM, maior
grupo de transporte aéreo de
passageiros, foi afetada pela
crise econômica mundial, assim como outras empresas, e
registrou prejuízo líquido de
814 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) no ano fiscal encerrado
em março deste ano.
Esse foi o primeiro prejuízo
do grupo desde 1996-1997 e a
primeira vez, nos últimos dez
anos, que os acionistas deixarão de receber dividendos.
Com faturamento de 23,97
bilhões (cerca de R$ 65,9 bilhões) no ano fiscal encerrado
em março, a Air France-KLM é
conhecida por investir na modernização e também na segurança da frota e equipamentos.
"Muitas companhias tiveram
prejuízo com a queda na receita em consequência da redução
de viagens de negócios, transporte de cargas e passageiros.
Todas as empresas estrangeiras têm feito promoções para
ocupar suas aeronaves e têm
apostado no mercado brasileiro", afirma André Castellini,
consultor da Bain & Company.
A companhia emprega no
mundo 107,3 mil funcionários
-esse número é 3,6% menor
do que em setembro de 2008,
quando a empresa tinha em
seu quadro 111,3 mil pessoas.
Deve ainda enxugar mais 3.000
empregos até o final deste ano,
com o congelamento de contratações e um programa de
aposentadoria antecipada.
Do Rio de Janeiro e de São
Paulo partem por semana 26
voos da Air France para Paris.
A companhia tem uma frota de
621 aeronaves e transportou 75
milhões de passageiros para
240 destinos em 2008.
Para driblar os efeitos da crise, a ampliação da frota de
aviões para rotas de longa distância foi revista -deveria
crescer de 182 para 203 aeronaves até 2012, mas deverá ficar em 189 ao final do período.
"A Air France-KLM é uma
companhia rigorosa em relação
à segurança. Prejuízo todas as
companhias aéreas tiveram. É
algo normal no setor", diz Leonel Rossi Jr., diretor da Abav
(Associação Brasileira de
Agências de Viagem).
"O que aconteceu foi uma fatalidade. É uma tragédia que
pode acontecer com qualquer
companhia", afirma Rossi Jr.
Pierre-Henri Gourgeon, antigo piloto de caças, que se se
tornou presidente do grupo em
janeiro, diz acreditar que, com
a redução de custos (a previsão
é economizar 2,6 bilhões em
três anos, equivalente a R$ 7,2
bilhões), a empresa espera
compensar parte da queda de
receita neste ano.
A Air France-KLM e a Gol
assinaram em abril um acordo
comercial que permitirá que os
mais de 6 milhões de participantes do programa Smiles e os
15 milhões de membros do
Flying Blue poderão acumular
milhas em todos os voos operados por elas. A partir de julho,
as milhas poderão ser trocadas
por bilhetes.
Com agências internacionais
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