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ALOÍSIO BARBOZA DE ARAÚJO (1945-2009)
Um economista preocupado com a cidadania
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo com a saúde fragilizada, o economista Aloísio
Barboza de Araújo veio do
Rio a São Paulo no começo
do mês passado para participar de um seminário internacional sobre consumo.
Antes, ligara para avisar
que não "deixaria na mão" a
Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), da qual era presidente
do conselho diretor havia
cerca de oito anos. À época,
caminhava com dificuldades.
Como conta a advogada
Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro
Teste e colunista desta Folha, Aloísio foi fundamental
para o crescimento e o reconhecimento da entidade.
"Partimos do zero até chegar
a 200 mil associados."
Doutor em economia pela
Universidade de Sorbonne
(França), ficou por décadas
no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), na
Diretoria de Pesquisas.
"Ele sempre esteve envolvido com a questão da cidadania, era um economista diferente. Trabalhou numa
área que valorizou muito o
ser humano e a cidadania.
Era muito sensível a essas
questões", diz Maria Inês.
Por um tempo, trabalhou
para o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Foi coordenador-geral de
Defesa da Concorrência da
Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, professor
da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e autor de livros de economia.
Morreu na sexta-feira, no
Rio, aos 63 anos, vítima de
insuficiência hepática. O enterro ocorreu no mesmo dia.
Deixa viúva, dois filhos e
uma neta.
obituario@grupofolha.com.br
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