São Paulo, terça-feira, 02 de junho de 2009

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ALOÍSIO BARBOZA DE ARAÚJO (1945-2009)

Um economista preocupado com a cidadania

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo com a saúde fragilizada, o economista Aloísio Barboza de Araújo veio do Rio a São Paulo no começo do mês passado para participar de um seminário internacional sobre consumo.
Antes, ligara para avisar que não "deixaria na mão" a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), da qual era presidente do conselho diretor havia cerca de oito anos. À época, caminhava com dificuldades.
Como conta a advogada Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste e colunista desta Folha, Aloísio foi fundamental para o crescimento e o reconhecimento da entidade.
"Partimos do zero até chegar a 200 mil associados."
Doutor em economia pela Universidade de Sorbonne (França), ficou por décadas no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), na Diretoria de Pesquisas.
"Ele sempre esteve envolvido com a questão da cidadania, era um economista diferente. Trabalhou numa área que valorizou muito o ser humano e a cidadania. Era muito sensível a essas questões", diz Maria Inês.
Por um tempo, trabalhou para o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Foi coordenador-geral de Defesa da Concorrência da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e autor de livros de economia.
Morreu na sexta-feira, no Rio, aos 63 anos, vítima de insuficiência hepática. O enterro ocorreu no mesmo dia. Deixa viúva, dois filhos e uma neta.

obituario@grupofolha.com.br


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