DO "AGORA"

Três ônibus apedrejados, um ponto de ônibus depredado, a porta de uma padaria entortada a chutes e tentativas de arrombamento a outros três estabelecimentos comerciais.
Esse foi o saldo de um incidente iniciado com um boato de arrastão no último domingo, na zona norte de São Paulo, após a vitória do Brasil na Copa do Mundo. Nada chegou a ser roubado.
Por volta de 11h45 de domingo, alguns comerciantes da rua Firminópolis, no Jardim Vista Alegre, distrito de Brasilândia, foram avisados por um vendedor ambulante que um grupo pretendia fazer um arrastão no local.
Eles estariam em busca de bebidas para comemorar o pentacampeonato do Brasil.
Temerosos, os comerciantes fecharam as portas dos estabelecimentos por volta das 12h, apesar do movimento intenso de clientes por causa das comemorações.
"Foi um prejuízo, pois o movimento estava grande", disse um comerciante. Alguns estabelecimentos reabriram as lojas após as 18h, mas a maioria permaneceu fechada até ontem pela manhã.

De ônibus
Logo após o aviso, um grupo de jovens chegou ao local, alguns dentro de um ônibus, outros no teto do veículo.
A Polícia Militar foi, então, acionada por moradores, que relataram a ação dos jovens e a possível ameaça de arrastão. Pelo menos três ligações teriam sido feitas para a polícia.
"Pareciam estar drogados e bêbados. Eles estavam surfando no teto do ônibus e quebrando suas janelas", conta um morador que não quis se identificar, temendo represálias.
Ao chegar ao local, os policiais, segundo moradores, revistaram o grupo e, não encontrando nada, liberaram os rapazes em seguida.
Quando os policiais deixaram o bairro, o grupo teria voltado e começado a depredação.
Três ônibus das viações Nova Paulista e Mar Azul foram apedrejados ao passar pela rua onde o grupo tentava arrombar as lojas atrás de bebidas.
De acordo com moradores, os integrantes do grupo tentaram entrar em uma adega, um açougue, uma padaria e um bar da mesma rua.
Não conseguindo entrar nos estabelecimentos, entortaram a porta da padaria aos chutes. Segundo um comerciante da área, os jovens podem ter vindo de favelas vizinhas.
A polícia não soube informar quantas pessoas estavam envolvidas no arrastão, mas acredita que tenha sido um grupo grande, pela dimensão do estrago.



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