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Os chineses Chen Xueivan, 26, e Zhu Zelin, 27, denunciaram ontem à polícia do Rio uma suposta quadrilha que forneceria documentos falsos para imigrantes viajarem para fora do país.
Os dois, que estão em situação irregular no Brasil, disseram que foram mantidos nove dias em cárcere privado em um apartamento na rua Barata Ribeiro.
Teriam escapado anteontem de manhã, pouco depois de os carcereiros saírem para comemorar a vitória do Brasil na Copa.
Xueivan e Zelin procuraram um hotel no bairro, que chamou a Polícia Militar. Depois de a 12ª DP (Delegacia de Polícia) ter sido avisada sobre dois endereços onde a quadrilha atuaria em Copacabana (zona sul do Rio), policiais fizeram buscas nos locais sem antes planejar uma forma de capturar os suspeitos, segundo disse o delegado Marcelo D'Ambrósio, da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado).
"A informação é que os suspeitos não teriam subido ao apartamento ao notar a presença de carros da polícia na porta do edifício", disse o delegado.
O chefe de gabinete da Polícia Civil do Rio, Pedro Paulo Pinho, afirmou que "as diligências são feitas na velocidade em que os fatos aparecem".
Os dois chineses disseram que seus documentos foram retirados pela quadrilha, que prometera conseguir vistos para que viajassem aos Estados Unidos.
As vítimas afirmaram que estão no país há seis meses. Disseram que foram amarrados depois de manifestar vontade de ir embora.
Os chineses ficarão sob custódia da Polícia Federal, que investigará como chegaram ao país.



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