São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2004

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SISTEMA PRISIONAL

Prazo em regime rigoroso terminou

Lideranças do PCC são levadas para prisão sem bloqueador de celular

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

Depois de um ano e sete meses no RDD (regime disciplinar diferenciado), onde era mantido isolado em tempo integral, o preso Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o principal líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foi transferido ontem para uma unidade comum do sistema prisional paulista que está superlotada e não tem bloqueador de telefone celular.
Marcola chegou por volta do meio-dia à penitenciária de Araraquara (273 km de SP). Com ele estava o preso Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, outro membro da cúpula da facção que deixou o RDD em Presidente Bernardes (589 km de SP).
A transferência foi determinada no último dia 18 pelo juiz Miguel Marques e Silva, coordenador da Vara de Execuções Criminais e corregedor dos presídios da capital. A lei federal 10.792 fixa prazo de até 360 dias no RDD, só podendo ser prorrogado com nova falta.
O Ministério Público queria a permanência dos presos nesse sistema, mas não conseguiu provar nova falta dos detentos para justificar a permanência no regime -que tem celas individuais e unidade com bloqueador de celular.
Ontem pela manhã, mais de 20 PMs de Presidente Prudente foram mobilizados para a transferência. Cinco carros fizeram a escolta dos presos ao aeroporto.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, o presídio em Araraquara foi escolhido por ser de segurança máxima, apesar de não ter bloqueador de celular. A unidade tem capacidade para 750 presos, mas abriga 1.074.


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