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Plantão Médico
Em tempos de futebol, falta sangue
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Aproximadamente 25% das
mortes relacionadas a hemorragias severas ligadas à gravidez poderiam ser evitadas se o
acesso de sangue seguro pudesse ser assegurado em todos os países.
O alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde), no Dia
Mundial do Doador de Sangue
-14 de junho- homenageando doadores voluntários e não
remunerados de sangue, foi
ofuscado pelos eventos da Copa do Mundo.
São Paulo conta com fornecimento durável e seguro de
sangue, através da Fundação
Pró-Sangue, sediada no Hospital das Clínicas. Ela é responsável pelo fornecimento
de sangue a 120 hospitais da
região metropolitana de São
Paulo.
Há poucos dias, entretanto,
a reserva de sangue chegou a
20% das necessidades usuais.
O número de doações diminuiu pela queda da temperatura, em alguns dias; nos outros, possivelmente pelos jogos do Mundial.
Segundo dados da fundação, o índice de doação de sangue na população entre 18 e 24
anos é de cerca de 30%.
Algumas medidas visam aumentar o número desses doadores voluntários, como o
Clube Irmãos de Sangue, que
já conta com mais de 2.700 associados de carteirinha. O
Programa Doadores do Amanhã, para estudantes do ensino médio, com idade entre 15
e 17 anos, tem por finalidade
afastar preconceitos e desinformação relacionada à doação de sangue e mostrar aos
jovens a importância deste
ato de solidariedade.
Informações para doar sangue:
Disque Pró-Sangue, tel. 0800-55-0300; site: www.prosangue.sp.gov.br.
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