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Educação melhora, mas não supera patamar de 95
País atingiu metas de desempenho e melhorou mais entre primeiras séries
Com a inclusão de mais alunos, notas caíram no final dos anos 90, mas estão crescendo desde
o início dos anos 2000
ANTÔNIO GOIS
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
O Brasil registrou de 2005
a 2009 melhoria significativa
na qualidade da educação
nos primeiros anos do ensino
fundamental, mas não avançou nesse mesmo ritmo no
nível médio.
Além disso, com exceção
das médias de matemática
do 5º ano do ensino fundamental, o progresso dos últimos quatro anos ainda não é
suficiente para superar patamares registrados em 1995,
quando o MEC começou a
avaliar a educação básica.
Os dados divulgados ontem fazem parte do Ideb, índice que agrega, numa escala de 0 a 10, taxas de aprovação com médias em testes de
português e matemática.
O objetivo de juntar essas
duas dimensões é buscar que
as crianças repitam menos,
mas aprendam bem.
Nos primeiros anos do fundamental (destinados a
crianças entre 6 e 10 anos), a
nota média foi de 4,6 em
2009. É um avanço de 0,8
ponto em relação a 2005 e de
0,4 quando sobre 2007.
É com base nessas notas
que o MEC avalia o cumprimento das metas de qualidade a serem atingidas até 2021.
Em todos os níveis, foi superada a meta parcial estipulada para 2009.
O bom avanço dos primeiros anos, no entanto, não se
repetiu no ensino médio, onde o crescimento do Ideb foi
de apenas 0,1 ponto em relação a 2007 e 0,2 ante 2005.
Segundo o MEC, isso já era
esperado, pois os alunos que
se formam hoje no médio fazem parte da geração que ingressou no sistema ao final
dos anos 90, com piores indicadores de qualidade.
Como o Ideb só tem dados
em todos os níveis de ensino
desde 2005, para fazer comparações com outros anos é
preciso considerar apenas os
testes de português e matemática, feitos desde 1995.
A piora das notas após
1995 é atribuída ao aumento
do número de crianças na escola: com a entrada de alunos com menos conhecimentos básicos, a média caiu.
"É muito fácil melhorar
nota repetindo ou expulsando os piores da escola. O desafio é fazer eles passarem de
ano sem abrir mão do aprendizado", diz o ministro Fernando Haddad (Educação).
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