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"Máfia da merenda" vira alvo de blitze em SP e MG
Ministério Público investiga suposto pagamento de propinas a prefeituras, incluindo a capital paulista
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
A chamada "máfia da merenda" escolar foi alvo na
manhã de ontem de uma
operação desencadeada pelo
Ministério Público Estadual,
receita estadual e pelas polícias de Minas Gerais e São
Paulo em oito cidades.
Foram vasculhados 21 endereços (16 em Minas e 5 em
São Paulo), incluindo a casa
de quatro executivos das empresas alimentação de São
Paulo. O teor da apreensão e
o nome das pessoas envolvidas não foram divulgados.
Esse suposto esquema é
investigado desde 2007,
quando a Folha revelou a
distribuição de alimentos de
baixa qualidade e, até, o racionamento da comida fornecida aos alunos.
O principal objetivo da
operação, segundo os promotores paulista Silvio Marques e Arthur Lemos Júnior,
foi apreender documentos
sobre as supostas fraudes em
licitações, sonegação de impostos e pagamentos de propina a agentes públicos.
Para os promotores, o esquema ainda continua em
São Paulo, já que Gilberto
Kassab (DEM) não trocou os
fornecedores de merenda. O
prefeito é alvo da apuração.
Em nota, Kassab disse
apoiar a investigação na merenda, mas não comentou as
críticas da Promotoria.
"A Prefeitura de São Paulo
colaborou em todos os momentos com as investigações
do Ministério Público, e reitera seu compromisso em colaborar sempre que for requisitada", diz trecho na nota.
As empresas que são alvo
da apuração negam a existência do suposto esquema.
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