|
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros
Justiça rejeita pedido de hospital para tratar idosa
Ela não queria mais se submeter a hemodiálises
FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
A Justiça gaúcha negou o
pedido de um hospital privado de Porto Alegre para continuar o tratamento de uma
paciente de 82 anos que não
queria mais passar por sessões de hemodiálise.
Segundo Gilberto, 56, filho
de Irene Oliveira de Freitas,
ela desistiu porque passava
mal nas sessões e ficava inconsciente. Ante a intenção
do filho de levá-la para casa,
o hospital foi à Justiça para
continuar o tratamento.
O Tribunal de Justiça se recusou a expedir ordem para
isso. Para o relator do caso,
desembargador Arminio Rosa, prolongar a vida pode ser
"futilidade médica". Segundo o Hospital Ernesto Dornelles, um neto de Irene pediu a
manutenção do tratamento.
Após desistir da internação e da hemodiálise, no fim
de 2010, a idosa foi para casa.
Neste ano, durante crise de
saúde, retomou as sessões.
Agora, mesmo debilitada, está em casa e faz hemodiálise
três vezes por semana.
Resolução de 2006 do Conselho Federal de Medicina regulou a ortotanásia (decisão
de não prolongar a vida de
doente terminal sem chance
de cura). A regra foi contestada na Justiça, mas em maio o
CFM teve decisão favorável.
Texto Anterior: Santa Catarina: São Joaquim instala máquina de neve em praça para atrair turistas Índice | Comunicar Erros
|