São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2008

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USP é a 113ª melhor do mundo, diz pesquisa

FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A USP foi considerada a 113ª melhor universidade do mundo em um ranking divulgado ontem por um órgão de pesquisa do governo espanhol. A escola de São Paulo subiu 15 posições em relação a 2007.
Entre as 200 mais bem posicionadas do mundo, a instituição foi a única brasileira citada.
Um dos principais indicadores avaliados pelo ranking, chamado de "Webometrics Ranking of World Universities" (Ranking Mundial de Universidades na Web, em tradução livre), é o número de acessos, via internet, dos artigos produzidos pelas escolas.
Com o mecanismo, o Conselho Superior de Pesquisas Científicas -vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia espanhol- busca quantificar a relevância da produção das instituições universitárias.
Após a USP, as instituições brasileiras mais bem posicionadas são a Unicamp (212ª) e a UFRJ (federal do Rio de Janeiro, em 330º).
As 25 melhores da lista são norte-americanas. MIT, Harvard e Stanford ocupam as melhores posições.
Foram analisadas 15 mil escolas no mundo todo, e 4.000 foram ranqueadas.
A melhor latino-americana foi a Universidade Autônoma do México (51ª).
Diversas instituições fazem rankings de universidades. Os mais tradicionais são o da Universidade de Jiao Tong (China) e das publicações "US News & World Report" (Estados Unidos) e "Times" (Inglaterra).
Um dos objetivos dessas listas é indicar aos melhores alunos as melhores instituições para se estudar.

Internacionalização
A reitoria da USP atribuiu a subida no ranking à preocupação da universidade em se internacionalizar, por meio de intercâmbio de alunos e professores, além de convênios com instituições do exterior (atualmente, há 326 vigentes).
Segundo a pesquisadora da USP Elizabeth Balbachevsky, o ranking demonstra que as instituições brasileiras de ensino superior têm baixo grau de inserção na comunidade científica mundial (apenas a USP ficou entre as 200 da lista).
"O Brasil está produzindo mais cientificamente, mas de forma insular. É pequeno o número de pesquisadores brasileiros em redes internacionais. Assim, poucos conhecem as universidades brasileiras."
Segundo Balbachevsky, um dos problemas da baixa internacionalização da produção científica do país é a perda de investimentos estrangeiros.
"Temos mais doutores na área da ciência da informática do que a Índia. Porém, enquanto a Índia capta quase um quarto de todo o investimento internacional na área, a situação brasileira é quase pífia."


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