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"35 mil mortes por ano já seriam uma barbárie"
DA REPORTAGEM LOCAL
A subnotificação das estatísticas oficiais de mortes no trânsito indica que a insegurança
viária é um problema mais grave do que muitos imaginam.
"A morte de 35 mil por ano já
seria inconcebível, uma barbárie. A sociedade está pagando
por não dar a devida atenção a
ações preventivas e educativas.
O acidente de trânsito é evitável, não é um desastre natural",
afirma Ailton Brasiliense, que
esteve na presidência do Denatran (Departamento Nacional
de Trânsito), no começo do primeiro mandato de Lula.
Um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado em 2004 apontava que
países da África tinham média
de 28,3 mortos por cem mil habitantes, contra a marca de 11
de países desenvolvidos da Europa -e de 18,7 no Brasil, conforme os registros oficiais, sem
considerar as subnotificações.
Um dos motivos para as diferenças estatísticas entre os registros oficiais e os do DPVAT é
que estes embutem também vítimas que morreram meses ou
anos depois de um acidente viário, e não só no local ou após
dias ou semanas de internação.
Isso porque a reivindicação
do pagamento não precisa ser
no mesmo ano do acidente.
Além disso, a prescrição para
pedir as indenizações, que atingia até 20 anos, passou a três
anos em janeiro de 2003 -e,
em muitos casos, os prazos se
esgotaram nos últimos anos,
quando houve também divulgação maior do seguro.
(AI)
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