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2,35 t de explosivos são roubados em SP
Material era transportado em um caminhão interceptado e levado por cinco criminosos na rodovia Fernão Dias
Carga inclui 850 kg de dinamite; polícia aciona até o Exército e apura possível participação de facção criminosa
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Um caminhão com 2,35 toneladas de material explosivo, incluindo 850 quilos de
dinamite, foi roubado por
cinco criminosos na manhã
de anteontem no trecho da
rodovia Fernão Dias entre as
zonas norte e leste da SP.
Os setores de inteligência
das polícias Civil e Militar
procuram os cinco criminosos que usaram dois carros
para parar o caminhão que
transportava a carga, na manhã de anteontem.
O Exército foi acionado.
Existe uma preocupação das
autoridades pois uma das linhas de investigação aponta
para a participação da facção
criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
As polícias de outros Estados, como Minas Gerais, Rio
e Paraná, estão em alerta para tentar recuperar a carga.
A Polícia Federal sabe que
grandes quantidades de explosivos despertam o interesse de traficantes de países vizinhos, que podem trocar por
pasta-base de cocaína.
A carga pertence a uma indústria química de Quatro
Barras, região metropolitana
de Curitiba (PR), que tem
uma filial no Jardim São Paulo (zona norte de SP).
O material explosivo, incluindo 1,5 tonelada de um tipo granulado de nitrocarbonitrato, especial para ser colocado em furos feitos em rochas, seria levado para duas
pedreiras na região metropolitana de São Paulo.
Na carga, além das 2,35 toneladas de material explosivo, havia também 1.220 espoletas detonadoras.
CATIVEIRO
Da abordagem na rodovia
até sua libertação, em uma
avenida da zona leste de São
Paulo, o motorista do caminhão foi feito refém por cerca
de seis horas. A polícia suspeita que o cativeiro era em
uma favela da zona leste.
Esse foi o tempo que os ladrões tiveram para sumir
com o veículo e a carga sem
que a polícia fosse avisada.
Até a conclusão desta edição, a polícia paulista ainda
tentava obter mais pistas dos
criminosos. O motorista do
caminhão não conseguiu ver
as placas dos veículos em
que os ladrões estavam.
Os responsáveis pela empresa dona da carga disseram aos policiais que o transporte era feito dentro das
normas de segurança exigidas pelas Forças Armadas.
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