São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2010

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2,35 t de explosivos são roubados em SP

Material era transportado em um caminhão interceptado e levado por cinco criminosos na rodovia Fernão Dias

Carga inclui 850 kg de dinamite; polícia aciona até o Exército e apura possível participação de facção criminosa


ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Um caminhão com 2,35 toneladas de material explosivo, incluindo 850 quilos de dinamite, foi roubado por cinco criminosos na manhã de anteontem no trecho da rodovia Fernão Dias entre as zonas norte e leste da SP.
Os setores de inteligência das polícias Civil e Militar procuram os cinco criminosos que usaram dois carros para parar o caminhão que transportava a carga, na manhã de anteontem.
O Exército foi acionado. Existe uma preocupação das autoridades pois uma das linhas de investigação aponta para a participação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
As polícias de outros Estados, como Minas Gerais, Rio e Paraná, estão em alerta para tentar recuperar a carga.
A Polícia Federal sabe que grandes quantidades de explosivos despertam o interesse de traficantes de países vizinhos, que podem trocar por pasta-base de cocaína.
A carga pertence a uma indústria química de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba (PR), que tem uma filial no Jardim São Paulo (zona norte de SP).
O material explosivo, incluindo 1,5 tonelada de um tipo granulado de nitrocarbonitrato, especial para ser colocado em furos feitos em rochas, seria levado para duas pedreiras na região metropolitana de São Paulo.
Na carga, além das 2,35 toneladas de material explosivo, havia também 1.220 espoletas detonadoras.

CATIVEIRO
Da abordagem na rodovia até sua libertação, em uma avenida da zona leste de São Paulo, o motorista do caminhão foi feito refém por cerca de seis horas. A polícia suspeita que o cativeiro era em uma favela da zona leste.
Esse foi o tempo que os ladrões tiveram para sumir com o veículo e a carga sem que a polícia fosse avisada.
Até a conclusão desta edição, a polícia paulista ainda tentava obter mais pistas dos criminosos. O motorista do caminhão não conseguiu ver as placas dos veículos em que os ladrões estavam.
Os responsáveis pela empresa dona da carga disseram aos policiais que o transporte era feito dentro das normas de segurança exigidas pelas Forças Armadas.


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