São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros JOSÉ ARIVAN AZEVEDO (1959-2011) 'Pastel' e a paixão pelo clube Alecrim ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO José Arivan Azevedo nasceu e sempre morou no Alecrim, um dos bairros mais antigos e populares de Natal (RN). E, desde criança, passou a torcer para o time de futebol que leva o nome do lugar, mesmo o pai não gostando muito do esporte. Fanático que era, chegava a ser um "torcedor chato", como conta o filho, Eduardo. Ia a todos os jogos, reclamava se o time perdia, xingava até o árbitro, se preciso. Uma vez, durante uma partida do campeonato estadual, largou o filho na arquibancada e invadiu o campo para tirar satisfação com o juiz, mas desistiu da briga no último minuto: caso fosse preso, deixaria o menino, de cerca de dez anos, sozinho. José era um conhecido do clube alecrinense e até das torcidas adversárias. Por cerca de cinco anos, manteve um quiosque no estádio Machadão, que será demolido para a construção de uma nova arena para a Copa. Em dia de jogo, deixava a mulher, Sandra, atendendo os clientes e ia assistir à partida. Nunca deixou de contribuir com o clube, mesmo que as contas não andassem bem em casa: preferia ficar devendo para qualquer pessoa a não ajudar o time do coração. Por quase todo mundo, era chamado de "Pastel", apelido que ganhou quando frequentava a escola técnica do Rio Grande do Norte, pois "era tão magro que não tinha carne nem para um pastel", diziam os colegas. Morreu na sexta-feira (26), aos 51 anos, de cirrose hepática. Deixa a mulher, o filho Eduardo, a filha Taiane e uma neta. Seu corpo foi enterrado com a camisa e a bandeira do Alecrim. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Presidente do Crea é alvo de acusações Índice | Comunicar Erros

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