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SISTEMA PENITENCIÁRIO
Polícia descobriu esquema de distribuição de drogas dentro de complexo; 18 foram autuados em flagrante
Quadrilha comanda tráfico em prisão de GO
ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Civil de Goiás desmantelou um esquema de distribuição
de drogas que funcionava dentro
da Agência Goiana do Sistema Penitenciário, em Aparecida de
Goiânia. Dezoito pessoas -entre
elas 16 detentos- foram autuadas em flagrante no final da tarde
de anteontem por formação de
quadrilha e tráfico de drogas.
Os entorpecentes, principalmente pasta de cocaína, eram trazidos da Bolívia para serem distribuídos dentro do complexo penitenciário e fora do sistema prisional, por quadrilhas que teriam ramificações em outros Estados, segundo a polícia.
De acordo com o delegado-geral de Aparecida de Goiânia, Álvaro Cássio dos Santos, os presos
Douglas de Souza e Josezuel Batista dos Santos compravam e
vendiam a droga usando celulares
e telefones públicos instalados no
complexo prisional. Os dois negaram envolvimento no caso.
Outros cinco presos do Núcleo
de Custódia e mais nove da penitenciária Odenir Guimarães também fariam parte do esquema. A
operação também prendeu anteontem Simone Conceição, supostamente encarregada pela distribuição da droga e que foi encontrada com 4 kg de cocaína, e o
motoboy Edivaldo Santos dos
Anjos, suspeito de fazer o transporte dos entorpecentes.
Os dois prestaram depoimento
e aguardarão julgamento na carceragem do 1º Centro Integrado
de Operações de Segurança. Os
advogados de ambos não foram
localizados pela reportagem.
"Eles não tiveram como negar a
participação. Agora, investigaremos outras ligações da quadrilha.
Há pelo menos mais 20 envolvidos", disse o delegado Santos.
As investigações sobre o caso
começaram há cerca de 40 dias,
quando o delegado Edemundo
Dias de Oliveira assumiu a presidência da agência. O complexo
penitenciário integra cinco unidades prisionais, entre elas o Núcleo de Custódia e a Penitenciária
Odenir Guimarães.
Esse não foi primeiro episódio
ocorrido no complexo. No mês
passado, o advogado da agência,
Wandencolck de Pitaluga Júnior,
foi acusado de extorsão e favorecimento de presos. Três meses antes, havia sido descoberta uma
fraude no alvará de soltura do empresário paranaense Robson
Rangel, acusado de liderar uma
quadrilha de adulteração de combustíveis em Goiás. Em 2001, o
então diretor do Centro de Prisão
Provisória, Ronaldo Alexandre,
foi afastado sob acusação de facilitar saídas de um preso.
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