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MASSACRE NO CENTRO
Carro foi encontrado no Tatuapé
Polícia apreende Opala que pode ter sido usado em ataques a sem-teto
DO "AGORA"
Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção
à Pessoa) apreenderam ontem,
numa favela do Tatuapé (zona
leste da capital), um Opala preto
que pode ter sido usado no massacre de moradores de rua no
centro de São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o carro tem características semelhantes às de um
Opala que teria sido visto nas ruas
do centro pouco antes dos ataques que mataram sete moradores de rua, e feriram outros sete,
nos dias 19 e 22 de agosto.
Uma pessoa que acompanha as
investigações da polícia disse que
o Opala seria um antigo veículo
da Polícia Militar, que teria sido
vendido em leilão para um proprietário particular.
A polícia suspeita que o carro
teria sido usado por um dos dois
policiais militares que estão presos, suspeitos pelo crime.
Os dois policiais foram presos
no dia 16. Na ocasião, a polícia
também prendeu um vigia particular, que foi liberado no final da
noite de anteontem.
Segundo a secretaria, uma testemunha dos ataques a moradores
de rua, que havia reconhecido esse vigia, voltou atrás durante novo
reconhecimento formal, realizado na última quarta-feira.
Um sobrinho desse vigia, que é
guarda civil municipal e fazia "bicos" como segurança ao lado do
tio, apresentou-se espontaneamente ontem ao DHPP e foi liberado após três horas de depoimento. "Foi feita justiça, porque
eu e meu tio somos inocentes",
afirmou o guarda-civil.
Há um outro suspeito, também
vigilante, que foi detido no dia 24
e continua preso.
Na manhã de ontem, a sétima
pessoa a morrer em decorrência
dos ataques de agosto, Antonio
Carlos Medeiros, foi sepultada no
cemitério Dom Bosco, em Perus
(zona oeste), onde estão outras
quatro vítimas. O corpo estava
havia dez dias à espera de familiares -que não apareceram.
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