São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2011

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Ambientalistas defendem que empresas atuem em unidades

DA ENVIADA A ELDORADO

Para aumentar a oferta de serviços turísticos nos parques e melhorar a infraestrutura precária deles, ambientalistas dizem acreditar que a única saída é deixar empresas participarem das gestões.
"Hoje, um barco de passeio quebra e o parque não tem recurso para consertar", diz Márcia Hirota, diretora de gestão do conhecimento da fundação SOS Mata Atlântica. Para ela, a dependência de licitações e "orçamento engessado" atrapalham.
"Muitos parques não têm um bom hotel, o restaurante é muito simples. Alguns não têm nem isso."
Para Rômulo Mello, presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes), é preciso "tirar o servidor público da função de guia e deixá-lo trabalhar nas atividades de gestão da conservação ambiental".
Segundo Mello, do ICMBio (órgão que faz a gestão dos parques federais), a privatização dos serviços turísticos permite direcionar o orçamento à administração das unidades de conservação.
Alguns parques sob a responsabilidade do instituto já são explorados por empresas, como o de Iguaçu, no Paraná (desde o ano 2000).

MAIS TURISTAS
Hoje, os parques brasileiros atraem cerca de 5 milhões de pessoas por ano. Nos EUA, onde empresas cuidam do turismo nos parques, são 200 milhões de visitantes anuais.
Mello aponta que os parques, quando atraem mais visitantes, também passam a levar mais recursos para as cidades e populações locais.
Segundo ele, o Parque Nacional do Iguaçu deixa no entorno -fora seu faturamento- R$ 120 milhões ao ano.
Até 2010 ele era o único sob o modelo de concessão no país. Agora, a ICMBio estende o modelo para outros parques. Entre eles o da Tijuca, no Rio, e Fernando de Noronha, em Pernambuco.
Mas como evitar que as comunidades tradicionais que já exploram atividades como as de guia tenham condições de competir com empresas maiores? Segundo Mello, é preciso que os editais deem condições claras para os pequenos competirem.



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