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Anvisa recolhe 4 lotes de Viagra falsificado
Agência determinou a apreensão e inutilização do material; denúncia partiu da fabricante do medicamento original
Denúncias cresceram nove vezes em relação a 2005; drogas para disfunção erétil e vacinas contra gripe são as mais visadas pelos falsários
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) determinou ontem a apreensão e
inutilização, em todo país, de
quatro lotes falsificados do medicamento para disfunção erétil Viagra 50 mg, fabricado pelo
laboratório Pfizer.
Neste ano, as denúncias de
falsificações de medicamentos
cresceram nove vezes em relação ao ano passado. Até ontem,
a Anvisa havia recebido nove
alertas de pelo menos 20 lotes
de remédios falsos. Em 2005,
foi registrada apenas uma denúncia e, entre 1999 e 2004, foram nove.
Um lote oficial de remédio
pode conter de 100 mil a 4 milhões de comprimidos, por
exemplo. Nos falsos, nem as autoridades de saúde nem os fabricantes dos remédios fazem
idéia da quantidade despejada
no mercado.
No mês passado, a Anvisa
alertou sobre a falsificação do
Cialis 20 mg (Eli Lilly do Brasil
Ltda), concorrente do Viagra.
Foi determinada a apreensão e
inutilização dos lote 05668 e
03655.
As falsificações dos lotes de
Viagra foram detectadas pelo
próprio fabricante, que comunicou a Anvisa.
Dois dos lotes apreendidos
não possuem numeração correspondente aos lotes dos produtos originais.
São eles: 50483009B (caixa
com dois comprimidos) e
B214832361 (caixa com quatro
comprimidos).
Os outros dois lotes em que
foi verificada a falsificação são
o 60483003A e o 40483005A.
Embalagem
Entre as principais características que podem ser vistas
para diferenciar o produto falsificado do original, está a tinta
reativa contida na caixa. No original, ao ser friccionada com
metal, a tinta revela a palavra
"Qualidade Pfizer".
Já a embalagem do medicamento falsificado possui uma
tinta branca que escurece com
a fricção e se for raspada com
mais força é removida.
Drogas para disfunção erétil
(Viagra e Cialis) e vacinas contra gripe são até agora as mais
visadas pelos falsários.
De acordo com a Anvisa, as
denúncias chegam por meio de
pacientes, dos laboratórios ou
de farmácias que desconfiaram
da farsa. O crime de falsificação
é considerado hediondo, inafiançável e com pena de 10 a 15
anos de reclusão.
A venda dos produtos falsificados geralmente acontece em
barracas de camelôs e feiras-livres, mas é comum os falsificadores procurarem também farmácias de periferia ou no interior dos Estados, que não pertencem às grandes redes.
Até agora, os Estados de São
Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato
Grosso e Rio de Janeiro foram
os que mais notificaram as falsificações de remédios.
Em caso de dúvida ou suspeita sobre o medicamento, o
usuário deve fazer a denúncia
para o SAC da Pfizer (pelo telefone: 0800-16-7575), para a
Anvisa (pelo e-mail inspecao@anvisa.gov.br) ou procurar a Vigilância Sanitária do seu
município ou Estado.
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