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Crime recua no Estado pelo 2º trimestre
Dados oficiais mostram queda em homicídios dolosos, latrocínios, sequestros e roubos entre julho e setembro
Criminalidade caiu na capital e na Grande São Paulo, mas número
de assassinatos cresceu em cidades do interior
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
Pelo segundo trimestre seguido, a criminalidade recuou no Estado de SP.
Além da queda no número
de homicídios dolosos (intencionais), crimes como latrocínio (roubo seguido de
morte), sequestro e roubos
também diminuíram, segundo números oficiais divulgados ontem pelo governo.
Dados referentes aos meses de julho a setembro deste
ano mostram a queda de 13%
no número de homicídios dolosos no Estado e de 13,75%
nos casos de latrocínio.
A comparação é sempre
feita com o mesmo período
do ano passado.
Mas os números ainda são
alarmantes: foram 937 registros de homicídios e 69 de latrocínios nesses três meses
(os dados se referem ao total
de casos, não de vítimas).
O mapa da violência mostra ainda que a criminalidade
caiu na capital e na Grande
São Paulo, mas o número de
homicídios cresceu em cidades do interior do Estado (veja texto nesta página).
Mas, para as cúpulas das
polícias Civil e Militar, o principal resultado a ser comemorado é o fato de a redução
da violência, apesar do que
chamam de algumas exceções, ter ocorrido de forma
"homogênea" no Estado.
"Em alguns lugares do
mundo, essas reduções ocorrem em cidades [isoladas],
como Bogotá, Nova York.
Mas aqui, não. Foi no Estado
todo, na maioria dele", afirmou o comandante-geral da
PM, coronel Álvaro Camilo.
Camilo disse que o aumento nos furtos de veículos
(1,8%) não representa preocupação. A maior atenção da
PM estará, diz, em reduzir
mortes ligadas a acidentes de
trânsito -onde ocorreu aumento de 3,66%.
Já o delegado-geral, Domingos Paulo Neto, afirma
que uma das prioridades da
Polícia Civil será combater os
roubos a condomínios, mercados e shoppings que, apesar de poucos, causam muito
impacto na sociedade.
BOM CAMINHO
O especialista em segurança pública Cláudio Beato diz
que os novos dados reforçam
uma tendência de queda do
Estado, reflexo de um somatório de fatores como investimentos do governo, trabalho
de ONGs e até o comportamento da população em evitar lugares violentos.
"Ainda falta muito para se
comemorar, caso dos crimes
contra o patrimônio -que
precisam cair bastante. Mas,
comparado ao que está acontecendo em outras partes do
país, em algumas capitais,
estão no bom caminho."
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