São Paulo, terça-feira, 02 de novembro de 2010

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Crime recua no Estado pelo 2º trimestre

Dados oficiais mostram queda em homicídios dolosos, latrocínios, sequestros e roubos entre julho e setembro

Criminalidade caiu na capital e na Grande São Paulo, mas número de assassinatos cresceu em cidades do interior

ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

Pelo segundo trimestre seguido, a criminalidade recuou no Estado de SP.
Além da queda no número de homicídios dolosos (intencionais), crimes como latrocínio (roubo seguido de morte), sequestro e roubos também diminuíram, segundo números oficiais divulgados ontem pelo governo.
Dados referentes aos meses de julho a setembro deste ano mostram a queda de 13% no número de homicídios dolosos no Estado e de 13,75% nos casos de latrocínio.
A comparação é sempre feita com o mesmo período do ano passado.
Mas os números ainda são alarmantes: foram 937 registros de homicídios e 69 de latrocínios nesses três meses (os dados se referem ao total de casos, não de vítimas).
O mapa da violência mostra ainda que a criminalidade caiu na capital e na Grande São Paulo, mas o número de homicídios cresceu em cidades do interior do Estado (veja texto nesta página).
Mas, para as cúpulas das polícias Civil e Militar, o principal resultado a ser comemorado é o fato de a redução da violência, apesar do que chamam de algumas exceções, ter ocorrido de forma "homogênea" no Estado.
"Em alguns lugares do mundo, essas reduções ocorrem em cidades [isoladas], como Bogotá, Nova York. Mas aqui, não. Foi no Estado todo, na maioria dele", afirmou o comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo.
Camilo disse que o aumento nos furtos de veículos (1,8%) não representa preocupação. A maior atenção da PM estará, diz, em reduzir mortes ligadas a acidentes de trânsito -onde ocorreu aumento de 3,66%.
Já o delegado-geral, Domingos Paulo Neto, afirma que uma das prioridades da Polícia Civil será combater os roubos a condomínios, mercados e shoppings que, apesar de poucos, causam muito impacto na sociedade.

BOM CAMINHO
O especialista em segurança pública Cláudio Beato diz que os novos dados reforçam uma tendência de queda do Estado, reflexo de um somatório de fatores como investimentos do governo, trabalho de ONGs e até o comportamento da população em evitar lugares violentos.
"Ainda falta muito para se comemorar, caso dos crimes contra o patrimônio -que precisam cair bastante. Mas, comparado ao que está acontecendo em outras partes do país, em algumas capitais, estão no bom caminho."


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