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Expectativa de vida sobe, mas ainda é baixa
Segundo o IBGE, brasileiro nascido em 2008 viverá 72 anos, dez meses e dez dias, ou dez anos a menos que um japonês
Homem recém-nascido em Santa Catarina deverá viver nove anos a mais do que outro que tenha nascido em Alagoas, indicam dados
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
Um homem recém-nascido
em Santa Catarina deverá viver
nove anos a mais do que outro
que tenha nascido em Alagoas,
indicam dados divulgados ontem pelo IBGE. A expectativa
de vida para um homem catarinense é de 72,3 anos. Para um
alagoano, é de 63,2 anos.
Entre as mulheres, uma alagoana recém-nascida tem expectativa de viver 71,2 anos. Já
uma nascida no Distrito Federal deve chegar aos 79,3 anos.
Comparando os extremos, a
diferença pode chegar a 16
anos: um alagoano vive 63,2
anos; uma brasiliense, 79,3.
Os dados são da Tábua de
Mortalidade 2008, pesquisa
que reúne dados recolhidos até
1º de julho do ano passado.
O estudo indica que o brasileiro nascido em 2008 viverá 72
anos, dez meses e dez dias. Na
década de 1940, diz o IBGE, o
brasileiro vivia 45,5 anos.
A expectativa de vida no país
aumenta três meses e meio a
cada ano. Apesar da evolução, o
número ainda é ruim. No Japão, com a maior expectativa
de vida do mundo, um recém-nascido espera viver 82,6 anos.
O Brasil está à frente de países como Bolívia (65,5 anos) e
Haiti (61,2 anos). A menor expectativa de vida do mundo é
do Afeganistão: 43,8 anos.
Contribuem para o aumento
do índice o maior acesso da população aos serviços de saúde,
campanhas de vacinação, avanços da medicina, prevenção de
doenças e maior percepção
quanto à enfermidade, diz Juarez Oliveira, gerente de estudos
e análises de dinâmica demográfica do IBGE. As brasileiras
vivem mais de sete anos a mais
que os homens: 76 anos, oito
meses e 16 dias contra 69 anos,
um mês e dez dias. Elas vivem
mais porque cuidam melhor da
saúde, afirma Oliveira.
Mortalidade infantil
Além de ter a menor expectativa de vida do país, Alagoas registra a maior taxa de mortalidade infantil: 48,2 mortes a cada mil bebês nascidos vivos. O
melhor índice está no Rio
Grande do Sul: 13,1.
À Folha a Secretaria Estadual da Saúde de Alagoas falou
só sobre a mortalidade infantil.
A pasta contestou o IBGE, afirmando que o índice mais atualizado, de 2008, indica 18,3
mortos por mil nascidos vivos.
No país, a taxa de mortalidade infantil caiu de 33,2 mortos
por mil nascidos vivos, em
1998, para 23,3, em 2008. Essa
evolução evitou a morte de 200
mil crianças, diz o IBGE. A menor mortalidade infantil no
mundo é da Islândia: 2,9 mortos por mil nascidos vivos.
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