São Paulo, quarta-feira, 02 de dezembro de 2009

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Expectativa de vida sobe, mas ainda é baixa

Segundo o IBGE, brasileiro nascido em 2008 viverá 72 anos, dez meses e dez dias, ou dez anos a menos que um japonês

Homem recém-nascido em Santa Catarina deverá viver nove anos a mais do que outro que tenha nascido em Alagoas, indicam dados

FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

Um homem recém-nascido em Santa Catarina deverá viver nove anos a mais do que outro que tenha nascido em Alagoas, indicam dados divulgados ontem pelo IBGE. A expectativa de vida para um homem catarinense é de 72,3 anos. Para um alagoano, é de 63,2 anos.
Entre as mulheres, uma alagoana recém-nascida tem expectativa de viver 71,2 anos. Já uma nascida no Distrito Federal deve chegar aos 79,3 anos.
Comparando os extremos, a diferença pode chegar a 16 anos: um alagoano vive 63,2 anos; uma brasiliense, 79,3.
Os dados são da Tábua de Mortalidade 2008, pesquisa que reúne dados recolhidos até 1º de julho do ano passado.
O estudo indica que o brasileiro nascido em 2008 viverá 72 anos, dez meses e dez dias. Na década de 1940, diz o IBGE, o brasileiro vivia 45,5 anos.
A expectativa de vida no país aumenta três meses e meio a cada ano. Apesar da evolução, o número ainda é ruim. No Japão, com a maior expectativa de vida do mundo, um recém-nascido espera viver 82,6 anos.
O Brasil está à frente de países como Bolívia (65,5 anos) e Haiti (61,2 anos). A menor expectativa de vida do mundo é do Afeganistão: 43,8 anos.
Contribuem para o aumento do índice o maior acesso da população aos serviços de saúde, campanhas de vacinação, avanços da medicina, prevenção de doenças e maior percepção quanto à enfermidade, diz Juarez Oliveira, gerente de estudos e análises de dinâmica demográfica do IBGE. As brasileiras vivem mais de sete anos a mais que os homens: 76 anos, oito meses e 16 dias contra 69 anos, um mês e dez dias. Elas vivem mais porque cuidam melhor da saúde, afirma Oliveira.

Mortalidade infantil
Além de ter a menor expectativa de vida do país, Alagoas registra a maior taxa de mortalidade infantil: 48,2 mortes a cada mil bebês nascidos vivos. O melhor índice está no Rio Grande do Sul: 13,1.
À Folha a Secretaria Estadual da Saúde de Alagoas falou só sobre a mortalidade infantil. A pasta contestou o IBGE, afirmando que o índice mais atualizado, de 2008, indica 18,3 mortos por mil nascidos vivos.
No país, a taxa de mortalidade infantil caiu de 33,2 mortos por mil nascidos vivos, em 1998, para 23,3, em 2008. Essa evolução evitou a morte de 200 mil crianças, diz o IBGE. A menor mortalidade infantil no mundo é da Islândia: 2,9 mortos por mil nascidos vivos.


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