DO RIO

Denúncias anônimas de moradores do Alemão levaram a polícia a apreender mais drogas e armas ontem.
Numa casa próxima ao ponto mais alto do teleférico em obras, PMs encontraram uma bazuca do Exército.
A arma, de 1,70 m e aparentemente nunca utilizada, seria capaz de parar blindados como os da Marinha.
Na Vila Cruzeiro, policiais do Bope explodiram uma casamata. O local protegia traficantes enquanto atiravam e servia para observar o principal acesso à comunidade.
Logo após o secretário José Mariano Beltrame visitar o conjunto de favelas, cerca de duas toneladas de maconha foram achadas num depósito subterrâneo de uma casa.
Perto dali, estavam mais 200 kg de maconha, dois fuzis concretados sob um tanque de lavar roupas e 30 kg de pasta base de cocaína. No final da tarde, mais 50 kg de maconha foram achados.
As drogas apreendidas na ocupação do Complexo do Alemão foram incineradas ontem, no forno 3 da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em Volta Redonda, no sul do Estado do Rio.
O processo de queima do material começou por volta das 16h. Segundo a CSN, foram levadas ao forno pouco mais de 40 toneladas de drogas e o processo só terminaria às 5h de hoje.
Quase todo o material incinerado era maconha, mais 235 quilos de cocaína e 1.406 frascos de lança-perfume.
Segundo o "Jornal Nacional", da TV Globo, traficantes teriam usado galerias de águas pluviais para fugir de policiais e do Exército.
A suposta rota de fuga é investigada pelo Bope e teria sido usada por 50 traficantes.
O chefe do Estado Maior da PM, coronel Álvaro Garcia, admitiu que os traficantes podem ter usado as galerias como rota de fuga. Segundo ele, a polícia recebeu denúncias e investiga o caso.


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