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Força Nacional oferece base permanente
Oferta de 540 policiais permanentes foi feita ao Estado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública
Assessoria do governo
do Rio diz desconhecer
oferta e que caberia ao
Estado fazer esse tipo de
pedido e não o contrário
LUIS KAWAGUTI
DE SÃO PAULO
A Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública)
afirmou ter oferecido anteontem ao governo do Rio de Janeiro a criação de uma base
permanente da Força Nacional de Segurança Pública.
A base teria efetivo fixo no
Estado de 540 policiais e, se
for aceita, seria a segunda
permanente da Força Nacional no país, que já mantém
540 homens em Brasília.
Quando acionado, esse
grupo, o Bepe (Batalhão Escola de Pronto Emprego), pode viajar (sem levar veículos)
para qualquer lugar do país
em menos de quatro horas,
segundo o secretário nacional substituto de Segurança
Pública Alexandre Aragón.
A Força Nacional foi criada
em 2004 e tem efetivo total,
não permanente, de cerca de
7.500 pessoas, formado por
policiais de todos os Estados.
Eles podem ser agrupados
em até dez dias a pedido de
qualquer governo estadual
que enfrente uma crise de segurança pública grave.
"Além de ter a Copa, o Rio
foi escolhido porque é um
dos principais destinos do
país em termos de turismo, e
logo depois virão as Olimpíadas", disse Aragón.
A base receberia um contingente de 540 homens, armamento e centralizaria todas as operações urbanas da
Força Nacional no país.
A base de Brasília seria responsável pelas operações de
fronteira, defesa ambiental e
ações de busca e salvamento.
A assessoria de imprensa
do governo de Sérgio Cabral
disse que não teve conhecimento formal da oferta e que
cabe ao Rio fazer esse tipo de
pedido, e não o contrário.
CONTAMINAÇÃO
O governo federal já havia
oferecido o envio de homens
do Bepe, de Brasília, para
ajudar na pacificação do
Complexo do Alemão. Até
ontem, porém, o governo Cabral não havia aceitado.
Segundo Aragón, se entrar
no Complexo do Alemão, ao
contrário de tropas federais,
a Força Nacional ficaria sob o
comando do Estado do Rio.
Ela também estaria pouco exposta à cooptação. Todo o
efetivo seria substituído a cada três meses, para evitar a
criação de laços e a corrupção entre policiais e traficantes de drogas.
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