São Paulo, quinta-feira, 02 de dezembro de 2010

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Força Nacional oferece base permanente

Oferta de 540 policiais permanentes foi feita ao Estado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública

Assessoria do governo do Rio diz desconhecer oferta e que caberia ao Estado fazer esse tipo de pedido e não o contrário

LUIS KAWAGUTI
DE SÃO PAULO

A Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) afirmou ter oferecido anteontem ao governo do Rio de Janeiro a criação de uma base permanente da Força Nacional de Segurança Pública.
A base teria efetivo fixo no Estado de 540 policiais e, se for aceita, seria a segunda permanente da Força Nacional no país, que já mantém 540 homens em Brasília.
Quando acionado, esse grupo, o Bepe (Batalhão Escola de Pronto Emprego), pode viajar (sem levar veículos) para qualquer lugar do país em menos de quatro horas, segundo o secretário nacional substituto de Segurança Pública Alexandre Aragón.
A Força Nacional foi criada em 2004 e tem efetivo total, não permanente, de cerca de 7.500 pessoas, formado por policiais de todos os Estados.
Eles podem ser agrupados em até dez dias a pedido de qualquer governo estadual que enfrente uma crise de segurança pública grave.
"Além de ter a Copa, o Rio foi escolhido porque é um dos principais destinos do país em termos de turismo, e logo depois virão as Olimpíadas", disse Aragón.
A base receberia um contingente de 540 homens, armamento e centralizaria todas as operações urbanas da Força Nacional no país.
A base de Brasília seria responsável pelas operações de fronteira, defesa ambiental e ações de busca e salvamento.
A assessoria de imprensa do governo de Sérgio Cabral disse que não teve conhecimento formal da oferta e que cabe ao Rio fazer esse tipo de pedido, e não o contrário.

CONTAMINAÇÃO
O governo federal já havia oferecido o envio de homens do Bepe, de Brasília, para ajudar na pacificação do Complexo do Alemão. Até ontem, porém, o governo Cabral não havia aceitado.
Segundo Aragón, se entrar no Complexo do Alemão, ao contrário de tropas federais, a Força Nacional ficaria sob o comando do Estado do Rio. Ela também estaria pouco exposta à cooptação. Todo o efetivo seria substituído a cada três meses, para evitar a criação de laços e a corrupção entre policiais e traficantes de drogas.


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