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Medidas serão contestadas na Justiça
CRISTIAN KLEIN
DA SUCURSAL DO RIO
Pelo menos duas medidas de
Cesar Maia serão contestadas na
Justiça. O decreto que reduziu o
pedágio na Linha Amarela de R$
2,40 para R$ 2 será questionado
judicialmente pela concessionária
Lamsa (Linha Amarela S/A).
"Respeitamos a posição do prefeito, mas, nos próximos dias, vamos entrar na Justiça para restabelecer a nossa tarifa. Ela vem
sendo reajustada em bases contratuais, por meio do IGP-M",
disse o superintendente da Lamsa, Damião Moreno.
A concessionária reduziu o pedágio na Linha Amarela às 9h45
de ontem. Segundo Moreno, a nova tarifa vai representar uma queda de R$ 31 mil por dia (17%) na
receita da Lamsa.
Controlada pela construtora
OAS, a Linha Amarela tem 25 km
de extensão e liga as zonas oeste e
norte do Rio. Diariamente passam 292 mil veículos pela via expressa, sendo 78 mil pagantes.
Outro decreto de Cesar Maia
que será questionado na Justiça é
o que cancelou a concessão de autonomias para motoristas de táxi
auxiliares.
O movimento "Diárias Nunca
Mais" entrou com um mandado
de segurança para garantir o direito às autonomias, concedidas
em outubro pelo ex-prefeito Luiz
Paulo Conde (PFL).
"Não há como o decreto (de
Maia) retroagir. É um direito adquirido", disse o advogado do
movimento, Arthur Coimbra.
O líder do movimento, Ivan
Fernandes, afirmou que os motoristas auxiliares não pretendem
organizar protestos por enquanto. "Vamos esperar a resposta da
Justiça", disse.
Em novembro, manifestação
realizada pelo "Diárias Nunca
Mais" para garantir o direito às
concessões deu um nó no trânsito
do Rio.
Segundo Fernandes, a frota de
táxis no Rio é de 19 mil carros,
sendo que 6.000 dirigidos por autônomos. Os 13 mil restantes são
conduzidos por motoristas auxiliares que pagam diárias a donos
de concessões de autonomias.
"Os auxiliares trabalham como
escravos, não são empregados e
não têm direitos trabalhistas."
A autonomia para os 13 mil auxiliares começou a ser concedida
de forma escalonada pelo ex-prefeito. "Cerca de 6.000 pessoas já
receberam a concessão, sendo
que 800 motoristas já compraram
seus carros, pintaram e emplacaram. Só estavam esperando o selo
da prefeitura para trabalhar."
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) informou que
não comentará o decreto de Maia
que obriga os bancos a pagarem
ISS à prefeitura, pois a direção
ainda não se reuniu para discutir
o assunto.
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