Foram 17 mortes nas rodovias estaduais no feriado de Ano Novo, contra 30 em 2004

Os motoristas que retornaram do litoral ontem, primeiro dia útil após o Réveillon, ainda enfrentaram lentidão

FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de mortes nas rodovias estaduais de São Paulo durante o feriado de Ano Novo caiu 43,3% em relação a 2004, aponta balanço divulgado ontem pela polícia rodoviária.
Nesse Réveillon, houve 17 mortes, contra 30 em 2004. Já o número de acidentes subiu 1,8% (de 771 para 785).
A polícia não utilizou 2005 como comparação no levantamento porque naquele ano não houve feriado prolongado.
Nas rodovias federais que cortam São Paulo, foram 137 acidentes, que resultaram em quatro mortes.
Considerando todas as estradas federais do país, o número de acidentes no Ano Novo diminuiu de 1.529 para 1.743 (12,3%) em relação ao Natal, mas a quantidade de mortes subiu de 90 para 94 (4,4%). A Polícia Rodoviária Federal não divulgou dados de 2004.

Movimento
O motorista que retornou do litoral à capital paulista ontem enfrentou lentidão. Na subida da serra pela Imigrantes, a velocidade média ficou em 28 km/h. A medição foi feita pela Folha, que iniciou o trajeto às 14h. No trecho da estrada, a velocidade máxima permitida é de 100 km/h.
Segundo a concessionária responsável, a quantidade de veículos causou a lentidão.
Considerando o período do Natal e do Ano Novo, desceram 914 mil carros, maior volume dos últimos três anos. Além disso, houve garoa ou chuva em todos os dias do Ano Novo.
"A visibilidade fica prejudicada, e o pessoal desacelera", afirmou o gerente de atendimento ao usuário da concessionária Ecovias, Sidnei Torres.

Acidente em MG
Cinco pessoas morreram em um acidente numa rodovia estadual de Minas ontem. Às 10h, a 18 km de Janaúba (547 km de Belo Horizonte), um Gol perdeu o controle, saiu da estrada e bateu em uma árvore -segundo testemunhas, o pneu do carro havia furado.
Com a colisão, o veículo pegou fogo, matando o motorista e os quatros passageiros, entre eles um adolescente de 17 anos.
Os ocupantes vinham do município baiano de Licínio de Almeida (794 km de Salvador), e iriam para um formatura no Rio de Janeiro.