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SOB INVESTIGAÇÃO
Exame cita as mesmas substâncias nas filhas
Polícia acha produtos químicos na casa de casal morto em Campinas
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
A polícia localizou frascos de arsênico, antimônio e bismuto na
casa do casal que morreu com
suspeita de envenenamento em
Campinas (95 km de SP).
Laudo do Centro de Controle de
Intoxicações da Unicamp indicou
anteontem a presença de metais
pesados na urina das duas filhas
do casal. A garota de 17 anos morreu na madrugada de segunda. A
outra garota, de 15 anos, teve alta
ontem à noite e foi para a casa de
parentes. O pai e a mãe das jovens
também morreram, no domingo.
A substância detectada na urina
das filhas, segundo laudo, pode
ser arsênico, bismuto ou antimônio -as mesmas achadas nos
frascos, onde também foram encontrados outros produtos usados para manipulação em farmácia. O Adolfo Lutz determinará o
tipo e a quantidade do produto.
O pai delas, o médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, 46,
era dono de farmácia e laboratório homeopático e tinha clínica
homeopática ao lado da casa.
As três substâncias analisadas
são usadas, por exemplo, nas indústrias química e metalúrgica e
em clínicas homeopáticas. O arsênico pode ser letal a partir de 60
mg, dependendo do tipo de ingestão e do organismo da pessoa. O
antimônio, porém, é menos nocivo nessa quantidade. Já o bismuto
é ligado a doenças no cérebro.
A polícia, que concentra esforços em identificar o que causou as
mortes, analisa a hipótese de a
substância ter sido adicionada a
um bolo de chocolate que a família comeu antes da internação. O
bolo foi feito pela filha mais nova
do casal. A polícia deve ouvir hoje
a jovem. A polícia tentará esclarecer por que a chave da casa havia
sumido, os cômodos estavam
limpos e a louça, lavada.
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