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INFÂNCIA
De acordo com a polícia, ela admitiu ter pego garota com 12 dias de vida
Polícia investiga se
auxiliar seqüestrou
seus quatro filhos
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
A Polícia Civil de Mato Grosso
do Sul investiga se a auxiliar de
enfermagem Maria Marlene de
Souza Santana, 41, presa em Campinas (SP) pelo seqüestro de um
bebê, também criou outras quatro crianças de outras famílias como seus filhos legítimos.
Ela admitiu ter seqüestrado no
último dia 20, em Campo Grande,
uma menina com 12 dias de vida,
mas disse à polícia que são legítimos seus quatro filhos, hoje com
16, 19, 21 e 22 anos. São duas moças e dois rapazes que moram em
São Paulo, Bauru (SP) e Goiânia.
"Em telefonema anônimo, uma
pessoa, dizendo-se amigo do finado marido dela, afirmou que os
outros quatros filhos também foram subtraídos quando crianças
dos pais", disse o delegado Luís
Ojeda. "Vamos averiguar se essas
crianças têm registros nos hospitais, de que forma foram lavradas
as certidões de nascimento, conferir o tipo sangüíneo e, se for necessário, fazer exame de DNA."
Maria Marlene é acusada de
subtração de incapaz e falsificação do registro de nascimento. Na
Justiça, não consta que ela tenha
advogado. Segundo a polícia, ela
fingiu ser assistente social para
pegar o bebê em Campo Grande.
Após fazer compras com a mãe
biológica da menina em uma loja,
afirmou, ainda segundo a polícia,
que precisava ir ao banco sacar dinheiro -e pediu para levar a
criança para evitar a fila.
O marido da auxiliar de enfermagem, Natanael Pedro Santana,
23, disse não acreditar que ela tenha seqüestrado os quatro filhos.
"Fiquei surpreso quando a polícia
chegou em casa e a prendeu."
Os dois estão casados há cerca
de um ano e moram sozinhos em
uma casa simples na periferia de
Campinas. O marido disse que a
mulher perdeu um bebê em abril
do ano passado e, em agosto, disse ter ficado grávida de novo. "Estranhei, a barriga dela não crescia,
mas ela havia me mostrado um
exame positivo de gravidez."
Segundo ele, a mulher disse que
iria para Campo Grande para cuidar de negócios de uma casa que
tinha com o marido morto. "Depois ela me ligou e disse que tinha
sofrido um leve acidente e que o
nosso bebê tinha nascido."
Para o delegado do 7º DP de
Campinas, Luís Henrique Apocalypse Jóia, a mulher premeditou o crime. "Ela alterou de negativo para positivo um exame de
gravidez feito em agosto e passou
cinco dias em Campo Grande à
procura de um bebê com características semelhantes às dela."
Pedrinho
Também por subtração de incapaz e falsidade ideológica, a ex-empresária Vilma Martins Costa,
51, foi condenada em 2003 à prisão por levar da maternidade e
criar como filhos legítimos Pedro
Rosalino Bráulio Pinto, o Pedrinho, em 1986, e Aparecida Fernandes Ribeiro da Silva, em 1979.
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