São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2008

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Natal Garcia, quase 30 anos pelo sonho

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Foram 30 anos de dedicação à mesma empresa, do dia em que chegou como trainee até ser presidente da Caterpillar Brasil. Porque Natal Garcia "odiava perder" -e aquela era uma aposta.
Nasceu em Uraí (PR), cresceu em Jaboticabal (SP) e se formou em engenharia de materiais, começando a carreira em Piracicaba, entre as caldeiras da empresa Dedini.
Passou ainda pela Zanini, em Sertãozinho (SP), antes de começar na Caterpillar, em agosto de 1977. Era apenas um trainee, mas foi contratado como engenheiro, virou gerente de engenharia e logo diretor de planejamento, até ir para o braço americano da empresa.
Fez ainda cursos no MIT antes de retornar ao Brasil. "Ele não suportava a derrota nem no par ou ímpar." Por isso persistira, por mais de 30 anos, na mesma empresa. Diz a família que alcançou "o sonho de toda uma vida", ao ser o primeiro executivo brasileiro a assumir a presidência da multinacional no país.
Tinha outras duas paixões que não transpareciam nas mesas de reuniões. A pesca, em segundo lugar -dourados gigantes pegos na Amazônia e Pantanal, devidamente fotografados para suas "histórias de pescador".
Em primeiro lugar, o Corinthians. O filho não esquece do primeiro jogo de sua vida, uma final entre São Paulo e Guarani, na final do campeonato paulista de 1988, da qual o timão foi campeão.
Casado, Garcia tinha dois filhos e dois netos. Morreu na segunda, por complicações de um câncer, aos 54.

obituario@folhasp.com.br

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