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Natal Garcia, quase 30 anos pelo sonho
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram 30 anos de dedicação à mesma empresa, do dia
em que chegou como trainee
até ser presidente da Caterpillar Brasil. Porque Natal
Garcia "odiava perder" -e
aquela era uma aposta.
Nasceu em Uraí (PR), cresceu em Jaboticabal (SP) e se
formou em engenharia de
materiais, começando a carreira em Piracicaba, entre as
caldeiras da empresa Dedini.
Passou ainda pela Zanini,
em Sertãozinho (SP), antes
de começar na Caterpillar,
em agosto de 1977. Era apenas um trainee, mas foi contratado como engenheiro, virou gerente de engenharia e logo diretor de planejamento, até ir para o braço americano da empresa.
Fez ainda cursos no MIT
antes de retornar ao Brasil.
"Ele não suportava a derrota
nem no par ou ímpar." Por
isso persistira, por mais de
30 anos, na mesma empresa.
Diz a família que alcançou "o
sonho de toda uma vida", ao
ser o primeiro executivo brasileiro a assumir a presidência da multinacional no país.
Tinha outras duas paixões
que não transpareciam nas
mesas de reuniões. A pesca,
em segundo lugar -dourados gigantes pegos na Amazônia e Pantanal, devidamente fotografados para
suas "histórias de pescador".
Em primeiro lugar, o Corinthians. O filho não esquece do primeiro jogo de sua vida, uma final entre São Paulo e Guarani, na final do campeonato paulista de 1988, da
qual o timão foi campeão.
Casado, Garcia tinha dois
filhos e dois netos. Morreu
na segunda, por complicações de um câncer, aos 54.
obituario@folhasp.com.br
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